Governo bate recorde com arrecadação de R$ 1,089 trilhão no primeiro semestre de 2022
O resultado é o melhor para o semestre em toda a série histórica, iniciada em 1995, de acordo com dados da Receita Federal divulgados nesta quinta-feira
A arrecadação federal somou R$ 1,089 trilhão no primeiro semestre de 2022, de acordo com dados da Receita Federal divulgados nesta quinta-feira. Isso representa um avanço de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior, já descontada a inflação.
O resultado é o melhor para o semestre em toda a série histórica, iniciada em 1995. Também o resultado do mês de junho, com arrecadação de R$ 181 bilhões, é o melhor desempenho para o mês em toda a série histórica, e representa um avanço de 17,96% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O desempenho do período foi puxado para cima por causa, principalmente, do crescimento de recolhimentos do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). No semestre, a arrecadação dos dois tributos somou R$ 258,5 bilhões, um crescimento real de 21,54%.
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O Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) - Rendimentos de Capital também teve arrecadação relevante, de R$ 43,9 bilhões, um incremento real de 62,82% em relação ao mesmo período. O resultado reflete a alta arrecadação em renda fixa, fruto de juros mais altos.
Desde 2021, a arrecadação federal vem batendo recordes e o governo sustenta que esse aumento é estrutural, a despeito da preocupação com que alguns analistas veem esse cenário. O governo se fia no aumento da arrecadação para reduzir alguns tributos. O governo já promoveu rodadas de cortes na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Importação (II).
Em outra frente, para brecar o avanço dos preços dos combustíveis, o governo zerou PIS e Cofins de combustíveis e gás de cozinha até o final do ano.