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Governo continua com "caneta na mão" para tomar medidas contra inflação dos alimentos, diz ministro

Chefe da Agricultura, Carlos Fávaro, participou de audiência pública no Senado

Fávaro dlembrou que foram zeradas as alíquotas de importação de vários itens, para forçar a queda de preços ao consumidorFávaro dlembrou que foram zeradas as alíquotas de importação de vários itens, para forçar a queda de preços ao consumidor - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou, nesta quarta-feira, que o governo continua "com a caneta na mão" para tomar medidas voltadas à redução dos preços dos alimentos.

Fávaro lembrou que foram zeradas as alíquotas de importação de vários itens, para forçar a queda de preços ao consumidor, e avisou que não haverá "pirotecnia", como a taxação ou a criação de cotas de exportações, para garantir o abastecimento no mercado interno.

— Talvez alguns esperassem que o governo fizesse pirotecnia, fosse fazer alguma cota, barrando a exportação, para depois dizer assim: olha, um governo intervencionista, que mundo nós estamos vivendo, não é? — disse o ministro, ao participar de uma audiência pública no Senado Federal.

Carlos Fávaro citou os Estados Unidos. O presidente americano, Donald Trump, tem adotado medidas protecionistas, como a elevação de tarifas, para barrar as importações e proteger as indústrias locais.

— Um governo liberal como o dos Estados Unidos fica fazendo taxação e um governo progressista no Brasil toma medidas ortodoxas, simples. Algumas (medidas) surtirão efeito, como a redução da tarifa do óleo de palma, essencial para a indústria de alimentos. O governo continua com a caneta na mão sem pirotecnia, sem medidas excepcionais.

Preocupado com a alta nos preços dos alimentos e o aumento da inflação, o governo anunciou, na semana passada, que iria reduzir a zero o Imposto de Importação de nove itens.

São eles: azeite, milho, óleo de girassol, sardinha, biscoitos, macarrão, café, carnes e açúcar.

Com a guerra comercial deflagrada pelos EUA, com sobretaxas que atingirão, principalmente, produtos chineses, existe a expectativa de o Brasil vender mais alimentos para a China, o que poderia diminuir a oferta no mercado doméstico e alta de preços.

Mas o governo aposta na retomada dos estoques reguladores públicos, para poder comprar e vender produtos internamente, em caso de necessidade.

— Quando a China desabilita 400 plantas bovinas americanas, o grande lugar do mundo que pode ser contemplado é o Brasil e a gente vai aproveitar essa oportunidade com toda certeza — disse Fávaro.

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