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Governo desiste de sócio privado para Angra 3 e aprova relicitação de Viracopos
Por falta de apetite do mercado, estatal terá de contratar empresa para concluir usina nuclear sem firmar sociedade
O governo Jair Bolsonaro desistiu de buscar um sócio privado para a conclusão da usina nuclear de Angra 3. Em decisão anunciada nesta quarta-feira (10), o Ministério da Economia informou que o término das obras deve ser feito por meio da contratação de uma empresa pela estatal Eletronuclear.
Reunião do conselho do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) também aprovou a relicitação do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A concessionária ABV, que administra o terminal, passa por forte crise financeira.
A usina de Angra 3 foi incluída no PPI em julho do ano passado. O objetivo do governo era encontrar um parceiro no setor privado, que teria participação de até 49% no empreendimento. A União continuaria sendo majoritária no negócio por possuir monopólio da exploração nuclear.
A ideia era que esse parceiro contribuísse com os recursos necessários para a conclusão da usina, obra parada em 2015 após descoberta de esquema de corrupção pela Operação Lava Jato.
De acordo com a secretária especial de PPI, Martha Seillier, o governo fez sondagens no mercado e não houve apetite para que seja firmada uma sociedade com o governo. Segundo ela, o empreendimento precisa respeitar regras direcionadas a estatais, o que criou resistência entre investidores.
"É possível concluir a usina de Angra 3, mas, não sendo possível fazê-lo com um sócio privado, e sim com um contratado privado, nós recomendamos que a continuidade dos estudos relativos a Angra 3 seja tratada no âmbito do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética)", disse.
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