Combustíveis

Governo irá criar grupo para discutir "transparência" na política de preços da Petrobras, diz Haddad

Motivação é uma possível precificação acima da paridade internacional, de acordo com o ministro

Fernando HaddadFernando Haddad - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O governo Lula está montando um grupo de trabalho interministerial com a justificativa de articular ações para garantir “transparência” na política de preços da Petrobras, disse nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A motivação é uma possível precificação acima da paridade internacional, de acordo com o ministro. O grupo será composto pela Fazenda, pelo Ministério de Minas e Energia, e pela Casa Civil.

Para Haddad, há uma “desorganização” dos dados técnicos sobre a política de preços da estatal. Essa política é chamada de PPI.

— Nós vamos compor um grupo de trabalho com a participação do Ministério de Minas e Energia, Casa Civil e Fazenda, porque não não estamos tendo sucesso, até aqui, em dar maior transparência à tomada de decisão da empresa em relação a esse tópico (política de preço). Há, por exemplo, estimativas de que o preço dos gás está bastante acima do PPI. Nós vamos checar isso. Queremos dar transparência à política de preços da Petrobras — disse Haddad.

A atual política de preços da Petrobras, que atrela os valores nacionais ao mercado externo, é criticada por Lula, que já prometeu substituí-la.

Uma eventual interferência na política de preços da Petrobras foi descartada por Haddad. O grupo de trabalho que será criado pelo governo, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, terá atuação "contundente" para garantir “transparência” na precificação de combustíveis pela estatal:

— Isso é algo que o governo brasileiro, o Ministério de Minas e energia vai atuar de forma vigorosa e contundente. Que a Petrobrás, como eu disse, respeitada a sua governança, respeitada sua natureza jurídica, ela também tem uma função social que está prevista na Constituição e na lei das estatais. Com o nosso governo, além da responsabilidade fiscal tão necessária, o presidente. Lula tem um compromisso em combater a desigualdade socialista — disse Silveira.

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