Governo muda valores e agora quer levantar R$ 25 bi com privatização da Eletrobras
Executivo subiu valores da operação após determinação do TCU
O governo aumentou as previsões de arrecadação com a privatização da Eletrobras e agora esperar receber R$ 25,3 bilhões no próximo ano. Antes, a estimativa era de uma receita de R$ 23,2 bilhões para o Tesouro Nacional.
Os valores foram alterados em reunião nesta terça-feira do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) após análises do Tribunal de Contas da União (TCU). O desestatização da maior empresa de energia da América Latina depende do tribunal para seguir adiante. A previsão do governo é fazer a operação até maio.
No total, o governo espera movimentar R$ 67 bilhões com a privatização (antes, esse valor era de R$ 60 bilhões).
Leia também
• Privatização da Eletrobras é mantida para primeiro semestre de 2022
• TCU adia novamente decisão sobre privatização da Eletrobras
• Relator no TCU questiona detalhes da privatização da Eletrobras
Do total, R$ 25,3 bilhões serão pagos pela Eletrobras ao Tesouro Nacional pelas outorgas das usinas hidrelétricas que terão os seus contratos alterados. Serão destinados ainda R$ 32 bilhões para aliviar as contas de luz a partir do próximo ano, por meio de fundos do setor elétrico.
Outros R$ 2,9 bilhões serão destinados para bancar a compra de combustíveis para a geração de energia na região Norte no país, onde algumas cidades não são ligadas ao sistema nacional de energia.
O restante será destinado para revitalização de bacias hidrográficas do Rio São Francisco, de rios de Minas Gerais e de Goiás, e para a geração de energia na Amazônia.
Os valores mudaram porque o governo passou a considerar um preço maior para a energia no longo prazo, após determinação do TCU.
Além disso, a Eletrobras precisará contratar estudos para avaliar o aproveitamento de suas usinas hidrelétricas. Um pedido de vista na semana passada adiou a conclusão da análise da privatização pelo TCU, que so deve voltar a julgar o assunto na próxima semana.