energia elétrica

Governo pede ao ONS plano para segurança energética após bandeira vermelha na conta de luz

Ministro de Minas e Energia descarta crise hídrica nos moldes do que aconteceu em 2021

Ministro de Estado de Minas e Energia, Alexandre SilveiraMinistro de Estado de Minas e Energia, Alexandre Silveira - Foto: Ricardo Botelho/MME

Após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) acionar a bandeira vermelha patamar 2 para o mês de setembro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pediu ao Operador Nacional do Sistema (ONS), nesta terça-feira, a elaboração de um plano de contingência para garantir a segurança energética no Brasil até 2026.

Aos diretores do ONS, o ministro disse que a seca acima da média vem castigando diversas regiões do país, exigindo dos gestores do setor elétrico "medidas urgentes".

— Nós vivemos um problema climático sério, é importante que se compreenda isso e o setor elétrico é o que mais sofre. A temperatura sobe, gasta-se mais energia. Menos água, menos chuva, energia mais cara. Precisamos trabalhar com o equilíbrio constante —disse Silveira.

Os meses de junho, julho e agosto deste ano registraram o menor volume de chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste nos últimos 94 anos.

Com a piora nos reservatórios devido à seca, a expectativa é um acionamento de 70% a 80% das termelétricas, dentre outras medidas, para garantir segurança energética ao país.

Na última sexta-feira, a Aneel acionou a bandeira vermelha patamar 2 — a mais alta da escala, que começa com verde, depois amarela e vermelha 1 e 2.

O aumento da tarifa sinaliza ao consumidor a necessidade de reduzir o consumo.

Com a medida, o usuário pagará uma taxa extra de R$ 7,877 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos, o que, conforme mostrou O Globo, poderá resultar em reajustes de até 13% na conta de luz deste mês.

— Estamos atravessando o período mais crítico de todos os anos, que é o período seco para o úmido. É preciso ter um planejamento muito minucioso, para passarmos por esse período com toda segurança e resiliência do sistema, utilizando aquele equilíbrio constante que nós temos feito de manter a modicidade tarifária com segurança energética e garantindo energia para todos os brasileiros e brasileiras — afirmou o ministro.

Silveira descartou a possibilidade de ocorrer no Brasil, em 2025, uma crise energética nos moldes do que houve em 2021, quando o país enfrentou uam falta de chuvas severa e foi preciso adotar medidas de contenção de demanda. Assegurou que o país está melhor preparado do que antes.

— As medidas de planejamento são fundamentais. Por isso, estamos tendo esse cuidado de nos adiantar aos problemas, e com isso eu tenho a absoluta convicção de que nós não atravessaremos em 2025 o que aconteceu em 2021, que, por falta de planejamento, estivemos à beira de um colapso energético no Brasil -- enfatizou.

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