Governo pede informações ao BC após Google voltar a exibir cotação errada do dólar
Ao longo do dia 25, a cotação informada pelo portal de buscas alcançou R$ 6,38, para depois cair a R$ 6,35
A Advocacia-Geral da União ( AGU) pediu que o Banco Central (BC) forneça informações sobre a cotação do dólar para basear a apuração sobre o Google ter exibido valores errados do câmbio da moeda americana no dia de Natal.
Nesta quarta-feira, a plataforma chegou a informar o valor de negociação do dólar a R$ 6,36. O último dia de negociações antes do feriado foi a segunda-feira (dia 23), quando a moeda americana encerrou o dia em R$ 6,18.
Em ofício enviado nesta quarta, a AGU diz que os dados a serem enviados pelo BC vão subsidiar uma eventual ação do órgão para investigar os erros cometidos pelo Google.
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“A atuação da Advocacia-Geral da União tem como objetivo combater a desinformação de dados econômicos de grande relevância para a sociedade brasileira”, diz o documento assinado pelo advogado-geral da União, Jorge Messias.
O órgão ainda questiona o fato do valor da cotação ter alterado em um dia em que não houve negociações do mercado financeiro.
"De fato, causa estranheza que, em pleno feriado de 25/12, data sem PTAX, ocorra uma disparidade de informações relacionadas à cotação da referida moeda", afirmou a AGU no ofício.
Esta não foi a primeira vez que a plataforma exibiu informações erradas sobre a cotação do dólar. No dia 6 de novembro, a moeda aparecia cotada a R$ 6,17, enquanto o valor da moeda tinha alcançado a máxima de R$ 5,86.
Procurado pelo Globo, o Google informou em nota que os dados "exibidos em tempo real vêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros".
"Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações", diz o texto.