Governo pode economizar até R$ 7 bilhões com exclusão de beneficiários irregulares
Simone Tebet diz, contudo, que o foco geral do governo é na qualidade dos gastos, em detrimento de cortes
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, estimou que a redução de despesas com o Bolsa Família pode chegar a R$ 7 bilhões por ano, com a exclusão de beneficiários irregulares. O foco são homens solteiros com registro trabalhista.
— Estamos revendo o Cadastro Único para ver quem está no cadastro e não tem direito, especialmente homens solteiros e que estão trabalhando. Podemos ter uma economia de até R$ 7 bilhões.
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Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, grande parte dos cadastros irregulares foram incorporados durante o período eleitoral, na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Até agora, a pasta diz já ter excluído mais de 1,5 milhão de famílias que recebiam os pagamentos mesmo com renda acima do limite legal previsto.
Simone Tebet, contudo, diz que o foco do governo com todos os programas é na qualidade dos gastos, em detrimento de cortes.
— Ninguém discute, por exemplo, que o Bolsa Família é uma prioridade no Brasil. É o mínimo que nós podemos oferecer para os filhos do Brasil. Mas nós sabemos que ao longo do tempo o CadÚnico foi mal utilizado, perdeu de focalização, não se cobrou, por exemplo, crianças na escola,acompanhamento social com as famílias para verificar casos de crimes de pedofilia.