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Governo quer fechar o acordo do Mercosul com União Europeia neste semestre, diz ministro

Segundo Márcio Elias, que integra a comitiva do presidente Lula em Lisboa, a questão trabalhista seria um dos entraves

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, Janja, durante cerimônia de boas-vindas com honras militares.  Praça do Império, Lisboa - Portugal.Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, Janja, durante cerimônia de boas-vindas com honras militares. Praça do Império, Lisboa - Portugal. - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Márcio Elias Rosa, disse neste domingo (23) em Lisboa que o governo brasileiro tem a expectativa de fechar neste semestre o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE).

— O acordo já evoluiu bastante e a expectativa é que fecha este ano. Nosso desejo (do Brasil) é fechar neste semestre — disse Rosa, que integra a comitiva que participa da 13ª Cúpula Luso-Brasileira.

No sábado (22), durante o encerramento da Cúpula, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que faltam detalhes para a conclusão do acordo. Rosa informou que a questão trabalhista seria um dos entraves:

— Falta equilíbrio nas condições sugeridas pela UE e os atores do Mercosul. Na hora de fechar acordo, temos que pensar igual na questão de proteção ao trabalhador, legislação que o Brasil já cumpre, por exemplo. Mas precisamos que os demais (países) concordem e estamos perto disso.

Apesar das conhecidas contrapartidas ambientais exigidas pelo bloco europeu, o secretário está confiante no desfecho nos próximos meses.

— Estas exigências nas questões ambientais, dá para superar, porque são fruto do desconhecimento do que já realizamos (neste governo) em termos de legislação ambiental (...) Estas questões ambientais, eu não posso dizer que são barreiras para impedir o acordo, mas muitas vezes são barreiras alfandegárias e aduaneiras. Na protecão agrícola, muito embora seja compreensível, todos querem proteger o seu, mas isso não se justifica quando vemos os dados — disse Rosa.

Portugal e Espanha, para onde a comitiva viaja em seguida, serão importantes parceiros para chegar ao fechamento do acordo, que, segundo o secretário, faz parte do que chamou de projeto de “neoindustrialização” do Brasil.

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