Governo Federal reduz estimativa de crescimento da economia e aumenta projeção de inflação para 2022
Ministério da Economia prevê crescimento de 1,5% do PIB e inflação de 6,55%. Guerra na Ucrânia e seus impactos são 'riscos a serem monitorados'
O Ministério da Economia reduziu sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2022 de 2,1% para 1,5%. A pasta também revisou a estimativa de inflação medida pelo IPCA para 6,55%, taxa acima da prevista anteriormente, de 4,7%.
Os números foram divulgados, nesta sexta-feira (17), pelo órgão. Esses e outros indicadores macroeconômicos servem de parâmetros para a revisão bimestral do Orçamento, que deverá ser concluída no início da próxima semana.
Para 2023, as projeções para o PIB e a inflação, feitas pela área econômica do governo, são de, respectivamente, um crescimento maior da economia, de 2,5%, e uma taxa menor do IPCA, de 3,25%. No ano passado, a economia cresceu 4,6%, depois de uma queda de 4,1% em 2020, devido aos efeitos da pandemia de Covid-19.
Leia também
• Economia e política precisam estar alinhadas
• Copom eleva juros básicos da economia para 11,75% ao ano, maior nível desde abril de 2017
• Caixa anuncia descontos e taxas de juros mais baixas para mulheres
Entre fatores positivos para impulsionar o crescimento em 2022, o Ministério da Economia destaca a taxa de poupança elevada, a recuperação do setor de serviços, a contínua melhora do mercado de trabalho e o “robusto investimento”, tanto privado como em parceria com o setor público.
No entanto, reconhece que há riscos neste ano a serem monitorados, especialmente a guerra na Ucrânia e seus impactos nas cadeias globais de valor, que já apresentam gargalos devido à pandemia.
“Adicionalmente, o risco da pandemia sobre o crescimento econômico e a inflação continuam sendo avaliados”, diz a pasta.
Em fevereiro, a inflação aumentou 1,01%, segundo o IBGE. Foi a maior taxa para o mês desde 2015, quando chegou a 1,22%. Com o resultado, o indicador acumula alta de 10,54% em 12 meses.