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PIB

Governo revisa projeção de PIB com alta de 2,5% em 2023; previsão de inflação foi reduzida para 4,8%

No início do mês, o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, havia adiantado que a pasta anunciaria uma revisão altista entre 2,5% a 3% na perspectiva de crescimento econômico

Receita das 500 maiores empresas do agro alcança R$ 1,4 trilhão.Receita das 500 maiores empresas do agro alcança R$ 1,4 trilhão. - Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

O Ministério da Fazenda apresentou nesta quarta-feira uma projeção de alta de 2,5% no PIB brasileiro até o fim do ano. O levantamento anterior apontava para um crescimento de 1,9%. Para o índice de preços, a projeção passou de 5,58% para 4,85% em 2023.

No início do mês, o secretário de Política Econômica da Fazenda, Guilherme Mello, havia adiantado que a pasta anunciaria uma revisão altista entre 2,5% a 3% na perspectiva de crescimento econômico no fim de 2023.

“A revisão no crescimento foi motivada, sobretudo, pelo resultado do PIB no 1T23 (primeiro trimestre), melhor do que o esperado para o setor agropecuário e para alguns subsetores de serviços e indústria, e ainda pela expectativa de menores juros até o final do ano, em função da desaceleração nas projeções de inflação”, diz o relatório divulgado na tarde desta quarta-feira.

Previsão por setores:
Para este ano, as projeções de crescimento melhoraram para três grandes setores.

Agropecuária: a projeção de crescimento no ano foi revisada de 11,0% para 13,2%;

Indústria: o crescimento esperado avançou de 0,5% para 0,8%;

Serviços: passou de 1,3% para 1,7%.

Outras estimativas:
A previsão para o IPCA em 2024 passou de 3,63% para 3,30%;

O crescimento esperado para 2024 manteve -se em 2,3%, assim como no boletim anterior.

Na coleta de junho, a projeção para o déficit primário em 2023 foi de R$ 101,75 bilhões, ante R$ 125,99 bilhões em janeiro.

O resultado do primeiro trimestre ficou acima do esperado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), que projetava elevação de 1,2%.

Inflação dentro da meta
O secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, disse que há aumento “expressivo” da possibilidade da inflação realizada - até o fim do ano - ficar dentro da meta de 3,25% a 4,75%.

— As expectativas para o IPCA, até o fim do ano, se encontram muito próximas de 4,9%, com aumento expressivos das chances do IPCA terminar o ano na banda superior da meta de inflação. Essa expectativa não estava no horizonte há alguns meses — disse, em coletiva nesta quarta.

Juros
Ao falar da expectativa da Fazenda de queda na taxa básica de juros (Selic), Guilherme Mello argumentou que o gasto do governo com juros, com a dívida pública, é maior que orçamento destinado à área de saúde e educação.

— O gasto com juros neste ano deve chegar a R$ 680 bilhões, isso é maior que o orçamento do Ministério da Educação, Saúde, e do Desenvolvimento Social juros. Praticamente todo o gasto social é inferior ao volume de pagamento de juros. A cada 1% da taxa de juros representa cerca de R$ 40 bilhões.

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