Governo vai avaliar medidas que evitem impacto da inflação em alimentos e energia
Grupo de trabalho criado terá a meta de "identificar as cadeias de valor" que pressionam a inflação e explorar as causas para o aumento de custos de produção
O governo Lula anunciou nesta quinta-feira (13) um grupo de trabalho para buscar soluções preventivas para choques inflacionários, com foco em alimentos e energia. São esses os itens que ficaram com os preços mais pressionados com a crise nas cadeias de oferta provocada pela pandemia e, posteriormente, com a guerra na Ucrânia.
O Ministério da Fazenda será a principal pasta no grupo - que também contará com representante da Casa Civil; da Agricultura e Pecuária; da Ciência, Tecnologia e Inovação; do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços; da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos; do Meio Ambiente e Mudança do Clima; e de Minas e Energia.
"O objetivo (é) ampliar a capacidade de resposta a choques adversos nas cadeias produtivas que pressionam a inflação, considerados os impactos sobre segurança alimentar e energética", diz decreto do governo, publicado no Diário Oficial.
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O grupo de trabalho Interministerial terá duração de 90 dias e poderá ser prorrogado uma vez por igual período. O relatório final das atividades do GT será encaminhado à Fazenda após o encerramento dos trabalhos.
Até junho a inflação, medida pelo IBGE, estava em 3,16% no acumulado de 12 meses. No mês, houve a primeira redução em 9 meses (0,08%) - sinalizando que o país pode ter saído do surto inflacionário iniciado na pandemia.