Governo vê dívida bruta atingir pico em 2027 a 81,8% do PIB
Trajetória, porém, depende de novas medidas de aumento estrutural da arrecadação
O governo Luiz Inácio Lula da Silva atualizou as projeções para a dívida bruta e prevê que o pico será alcançado em 2027, a 81,8% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo o Relatório de Projeções Fiscais do 1º semestre de 2024, divulgado pelo Tesouro Nacional nesta segunda-feira.
Depois, o endividamento entraria em trajetória de queda, chegando a 75,6% do PIB em 2034. Para este ano, a expectativa é de que a dívida termine em 77,7%, 3,3 pontos acima de 2023 (74,4% do PIB).
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Essa trajetória depende, porém, de novas medidas de aumento estrutural de arrecadação, reconhece o Tesouro. Para chegar ao cenário de referência, o órgão estima que novos esforços de, em média, 0,8% do PIB serão necessários de 2026 a 2028.
Caso contrário, a dívida bruta cresceria por mais tempo, atingindo um pico de 83,1% do PIB em 2028, e cederia para até 80,8% do PIB em 2034, 6,4 pontos do PIB acima do nível observado em 2023.