DECISÃO

Grow, dona de patinetes elétricos e bikes para aluguel, tem falência decretada

Decisão foi do Tribunal de Justiça de São Paulo, que prevê a venda dos bens da empresa para pagamento das dívidas

Bicicletas e patinetes da GrowBicicletas e patinetes da Grow - Foto: Divulgação

Dona de patinetes elétricos e bicicletas para aluguel, a Grow teve a falência decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo na segunda-feira. A decisão foi do juiz João de Oliveira Rodrigues Filhos, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais. A startup estava em processo de recuperação judicial.

Na decisão, o magistrado observa que os credores da startup "terão reconstituídos seus direitos e garantias nas condições originalmente contratadas", mas não menciona o montante total de dívidas da empresa.

Para quitar as dívidas, a sentença prevê a venda dos bens da companhia no prazo de 180 dias. Além disso, a decisão solicita que o administrador judicial apresente um plano detalhado ao magistério com os ativos adquiridos a partir dessa venda.

O Globo não conseguiu contato com a Grow até a publicação desta reportagem.

Fusão entre startups
A Grow nasceu da fusão de duas startups: a mexicana Grin, de aluguel de patinetes elétricos na América latina, e a brasileira Yellow, que loca bicicletas sem estação. A união das empresas ampliou os serviços ofertados.

Na época da fusão, juntas, Yellow e Grin passaram a oferecer 35 mil patinetes e bicicletas em sete países. O plano inicial era dobrar a frota e expandir o serviço para outros países da América Latina, além de continuar com a manutenção dos produtos ofertados no Brasil, México, Colômbia, Peru, Uruguai, Chile e Argentina.

No entanto, em 2020 a Grow anunciou mudanças na operação no Brasil com a retirada das bikes do país e dos patinetes em 14 cidades do país. Poucas semanas após a redução da operação no Brasil, a empresa foi vendida para a antiga dona do site de descontos Peixe Urbano, que também entrou em colapso financeiro.

Como mostrado pelo Globo, a aquisição da Grow naquela ocasião não envolveu pagamento em dinheiro, e os investidores da Grow continuaram com participação de 20%. Mais tarde, no mesmo ano, a Grow entrou com um pedido recuperação judicial.

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