Obras do terminal de tancagem do Grupo Dislub Equador no Pecém começam em janeiro
Investimento será de R$ 430 milhões na primeira fase, dos quais R$ 343 milhões financiados pelo BNB; expectativa é que sejam gerados 500 empregos só na obra
As obras do Terminal de Armazenamento e Distribuição de Combustíveis (tancagem) do Grupo Dislub Equador no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, na Região Metropolitana de Fortaleza (CE) vão começar em janeiro de 2025. O equipamento, no qual serão armazenados combustíveis líquidos (gasolina, diesel e etanol), deverá ser inaugurado em agosto de 2027.
O investimento será de R$ 430 milhões na primeira fase, sendo R$ 343 milhões financiados pelo Banco do Nordeste (BNB). A expectativa é que sejam gerados 500 empregos durante a obra e 100 durante a operação.
A proposta do Terminal contempla tanques para receber combustíveis derivados de petróleo (gasolina, diesel S10 e querosene de aviação), biocombustíveis (biodiesel B100, etanol anidro e hidratado), BTX e alcatrão.
A estrutura contará com uma área construída de 130 mil metros cúbicos na primeira fase, com capacidade para chegar a 220 mil metros cúbicos, reforçando a capacidade de armazenamento e distribuição de combustíveis da companhia no Nordeste.
O CEO da Dislub Equador, Sérgio Lins, adiantou o terminal deve otimizar a logística do mercado de combustíveis no Estado do Ceará. Ainda de acordo com Lins, o parque de tancagem também poderá reduzir o preço dos combustíveis no Estado.
Viabilidade
Todas as distribuidoras do setor no Ceará poderão, por meio do parque de tancagem, utilizar o equipamento, que estocará gasolina, diesel e etanol anidro e etanol hidratado. O Complexo do Pecém conta, segundo Sérgio Lins, com características únicas e ideais para que o terminal de tancagem entre em operação, gerando centenas de empregos.
Ainda de acordo com ele, a infraestrutura dos berços, com um dos melhores calados do país, aliada ao fato de que os tanques serão instalados em uma área estratégica, sem nenhum risco à comunidade urbana, torna o Complexo do Pecém o melhor local para dar continuidade e expandir as atividades de distribuição de combustíveis no estado.
Dinamização
O novo negócio do Grupo Dislub Equador dinamizará o mercado. A chegada do terminal trará uma maior competitividade de custos, que impacta não só na redução de preços, mas principalmente na expansão do nível do serviço de distribuição de combustíveis não só no Ceará como na região.
No inicio do mês, o Governo do Ceará, em uma solenidade no Palácio da Abolição, detalhou o projeto para o terminal de armazenamento e distribuição de combustíveis.
De acordo com o governador Elmano de Freitas, o terminal é estratégico diante da necessidade de mudança da tancagem do Porto do Mucuripe, em Fortaleza, para outro local que permita segurança operacional e expansão.
“Vamos iniciar a solução de um sonho do povo de Fortaleza, que é o deslocamento da tancagem do Mucuripe para o Porto do Pecém. Tenho certeza que garantirá uma maior competitividade na distribuição de combustíveis do estado do Ceará”, afirmou Elmano.
Movimentação
O projeto, reforça o governador, se soma a outros empreendimentos interligados ao Complexo do Pecém, como a ferrovia Transnordestina, que deve dobrar a movimentação de cargas no Porto do Pecém, e o Hub de Hidrogênio Verde, com previsão de investimento de US$ 24 bilhões.
“Vamos, também no início do ano, iniciar as obras de modernização e ampliação do Porto do Pecém. Teremos também a conclusão da Transnordestina, o que favorece uma logística melhor desse empreendimento da Dislub para o Ceará e os estados vizinhos. Maior capacidade e eficiência de logística para a nossa economia”, complementou.
Sérgio Lins, na mesma reunião, afirmou que, atualmente, no Mucuripe, as empresas operam com bases de combustíveis que são da própria distribuidora, o que impossibilita contratos com outras distribuidoras.
“O nosso vai ser um terminal que é aberto para qualquer distribuidora que, regularmente registrada na ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis], possa vir para o Ceará, criando possibilidade de maior competitividade”, destacou.
A proposta do Terminal contempla tanques para receber combustíveis derivados de petróleo (gasolina, diesel S10 e querosene de aviação), biocombustíveis (biodiesel B100, etanol anidro e hidratado), BTX e alcatrão.
Estrutura
A estrutura contará com uma área construída de 130 mil metros cúbicos na primeira fase, com capacidade para chegar a 220 mil metros cúbicos, reforçando a capacidade de armazenamento e distribuição de combustíveis da companhia no Nordeste.
“Já foram contratados pelo Banco do Nordeste 80% de todo o valor. Em dezembro vamos ter condições de desembolsar cerca de R$ 240 milhões. Isso vai dar possibilidade para empresa se planejar da forma adequada para poder executar a obra no prazo certo, e, se possível, até antecipar a data final de entrega”, afirmou o presidente do BNB, Paulo Câmara, que também participou da solenidade.
O projeto será executado pela Terminais Marítimos do Brasil S.A. (TMB), empresa do grupo pernambucano Dislub Equador, que tem mais de duas décadas de atuação no Norte e Nordeste do País.
“O Complexo do Pecém tem diversos projetos em fases de planejamento, e este [terminal de tancagem] é um dos importantes que entram em fase de execução”, ressaltou o presidente do CIPP, Hugo Figueiredo.