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Investimento

Grupo Moura investe R$ 850 milhões em nova Unidade de Reciclagem e Metais

Empreendimento é o maior já realizado pela empresa em seus quase 70 anos de história. Lideranças políticas e empresarias visitaram nova fábrica nesta sexta (4)

Na foto: Hugo Motta, Paulo Sales, Raquel Lyra, Sérgio Moura e Priscila Krause.Na foto: Hugo Motta, Paulo Sales, Raquel Lyra, Sérgio Moura e Priscila Krause. - Foto: Rafael Melo/Folha de Pernambuco

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Lideranças políticas e empresariais conheceram, nesta sexta (4), a nova Unidade de Reciclagem e Metais do Grupo Moura, em Belo Jardim, no Agreste pernambucano.  Com um investimento de R$ 850 milhões, o empreendimento é o maior já realizado pela empresa em seus quase 70 anos de história e tem previsão de conclusão ainda no primeiro semestre deste ano. 

A governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), que visitou o local ao lado da sua vice, Priscila Krause (sem partido), declarou que o investimento coloca o estado não só na vanguarda do Nordeste e do país, mas também do mundo.

“A planta de reciclagem é ultra moderna, referência para o Brasil e para o mundo, colocando a Indústria Moura, que é genuinamente pernambucana, como top no Brasil em sustentabilidade”, disse.

O presidente do Grupo Moura, Paulo Sales, está na empresa há 50 anos. Segundo ele, em 1990, a Moura produzia 1 milhão de baterias. Hoje, produz 10 milhões. “Nós, da segunda geração, temos orgulho de ter dado continuidade ao sonho dos fundadores. Fizemos um trabalho bonito, com união. Estamos envolvendo a terceira geração, com força e visão de longo prazo”, destacou.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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A visita contou ainda com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB); do senador Fernando Dueire (MDB); dos deputados federais Mendonça Filho (União) e Eduardo da Fonte (PP), Lula da Fonte (PP); do prefeito de Belo Jardim, Gilvandro Estrela (União); do presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Bruno Veloso; do secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti; do diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), André Teixeira Filho; do presidente do Porto de Suape, Márcio Guiot; e do presidente da Copergás, Bruno Monteiro.

“Ver de perto essa estrutura, demonstra o potencial que a nossa região tem. É a certeza de que quando se acredita no nosso Nordeste, é possível sim gerar emprego, gerar renda, e a Moura é um exemplo disso”, disse Hugo Motta.

Sustentabilidade

Dedicada à reciclagem de chumbo proveniente de baterias usadas, a nova planta fortalece a Economia Circular e os compromissos ESG do Grupo Moura. O projeto está alinhado ao programa federal Nova Indústria Brasil, que incentiva a transição para uma economia verde, promovendo tecnologias limpas e a descarbonização dos processos industriais.

“É um momento muito interessante que uma indústria genuinamente pernambucana, no Sertão, está desenvolvendo produtos que vão para a América Latina como um todo, exportando tecnologia. Era uma fábrica muito manual, hoje é bem automatizada e está lançando agora a reciclagem”, disse o Presidente do Conselho do Atitude Pernambuco, Halim Nagem.

Produção 

Quando entrar em plena operação, a nova unidade dobrará a capacidade de reciclagem de chumbo da empresa, atingindo mais de 200 mil toneladas por ano. Atualmente, a Moura já responde por cerca de 40% do volume reciclado no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (IBER). O chumbo recuperado será reintegrado ao processo produtivo de novas baterias, reduzindo a dependência da extração de matéria-prima virgem.

"Primeiro, a gente investiu na nova fábrica, que a governadora veio aqui prestigiar. O presidente da Câmara saiu de Brasília, passou pela Paraíba, e veio nos visitar. A gente investiu R$ 850 milhões na fábrica nova, que é voltada para a reciclagem de baterias. É uma planta de referência internacional. Os gringos estão vindo aqui e ficando de queixo caído", disse o presidente do Conselho de Administração de Acumuladores Moura, Sérgio Moura.

A nova planta incorpora tecnologias de ponta para garantir eficiência energética e sustentabilidade, incluindo abastecimento por fontes renováveis, com destaque para energia eólica, barragem com capacidade para armazenar até 40 milhões de litros de águas pluviais, sistemas modernos de drenagem e captação para otimizar o uso da água e uso de oxigênio consorciado ao gás natural nos fornos de fusão, reduzindo emissões de carbono. Além disso, a unidade contará com soluções da Indústria 4.0 para controle ambiental e segurança operacional.

“Estou muito feliz por ter lutado, também, pela renovação dos benefícios fiscais para garantir que a indústria de grande porte pudesse continuar aqui. Porque, afinal, o caminho mais fácil seria seguir para onde há melhor logística e um mercado consumidor mais forte, como o Sudeste brasileiro. Mas a empresa tomou uma decisão política de que era importante manter suas raízes. E, para a gente, isso também é muito importante", disse Raquel Lyra

 

Reconhecimento

O projeto foi classificado pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB) como um dos mais inovadores já financiados pela instituição e se enquadra nas diretrizes do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), que impulsiona a industrialização sustentável no semiárido.

Além de reforçar o papel de Belo Jardim como polo estratégico da neoindustrialização nordestina, o empreendimento impulsionará a geração de empregos e renda qualificada na região. Com essa iniciativa, o Grupo Moura consolida seu protagonismo na transição energética e na reindustrialização verde, contribuindo para o avanço das tecnologias limpas no Brasil.

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