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Ministro

Guedes cita guerra na Ucrânia para pressionar TCU por privatização da Eletrobras

'É um grito de independência do Brasil', diz ministro sobre venda do controle da estatal

Paulo GuedesPaulo Guedes - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, elogiou o trabalho do Tribunal de Contas da União (TCU) na avaliação do modelo de privatização da Eletrobras, mas cobrou a Corte ao alertar que o futuro da energia brasileira está em jogo, e conflitos como a guerra no Leste Europeu exigem que o país acelere seu processo de modernização no setor elétrico.

— O futuro da energia brasileira está em jogo. Nós fomos atingidos por duas crises. A primeira, que foi a pandemia, nos acelerou em direção ao futuro digital. E vem uma segunda crise agora, uma guerra, que nos acelerou em direção a transição energética. A ideia de segurança energética e de risco geopolítico é agora uma constante nas nossas vidas — declarou na manhã desta quinta-feira em debate sobre o modelo de capitalização da companhia.

E acrescentou:

— É um problema da maior gravidade, da maior seriedade e é muito importante (a privatização da Eletrobras). É um grito de independência do Brasil no sentido de que nós vamos realmente destravar toda a fronteira de investimentos em todas as suas dimensões nesses subsetores do setor de energia.

Guedes elogiou o que classificou de espírito de construção do TCU, frisando que a Corte tem buscado soluções para a questão da Eletrobras e outras, como a cessão onerosa, o orçamento de guerra e o imbróglio dos precatórios. Para a privatização da Eletrobras, ele minimizou a pressa:

— Nós estamos nessa reta final com com aparentemente uma certa urgência, mas na verdade é um trabalho que já se estende há anos.

O governo gostaria que o Tribunal de Contas da União (TCU) retomasse, ainda em abril, o julgamento do processo que analisa a modelagem da privatização da Eletrobras, já que a oferta pública de ações está prevista para o dia 13 de maio.

Conforme mostrou a coluna de Lauro Jardim, o ministro Cedraz deve ficar fora de Brasília entre os dias 19 e 28 de abril, o que tornaria inviável a análise do processo antes de maio, de acordo com fontes. O TCU não tem prazo para concluir essa análise. 

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