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Economia

Guedes defende reavaliação do Mercosul e corte de tarifa do bloco

Para o ministro, por conta de um desalinhamento de interesses entre os países membro, o Mercosul perdeu participação no comércio brasileiro e isolou o país de outros fluxos de comércio no mundo

Ministro da Economia, Paulo GuedesMinistro da Economia, Paulo Guedes - Foto: Gustavo Raniere/ASCOM/Ministério da Economia

O ministro Paulo Guedes (Economia) defendeu nesta sexta-feira (23) uma reavaliação do Mercosul, com maior flexibilidade para que membros negociem individualmente acordos bilaterais, além de uma redução nas tarifas de importação do bloco.

De acordo com o ministro, por conta de um desalinhamento de interesses entre os países membro, o Mercosul perdeu participação no comércio brasileiro e isolou o país de outros fluxos de comércio no mundo.

"Às vezes, avançar [na abertura comercial] é permitir velocidades diferentes a quem está mais preparado e mais disposto a fazer esse avanço. Devíamos ter essa liberdade de ter ritmos um pouco diferentes", disse em sessão do Senado.

Para Guedes, o conjunto tem sido importante em negociações como a do acordo com a União Europeia, mas, diante da fragilização de membros como a Argentina, o governo gostaria de flexibilizar as regras sobre acordos comerciais do bloco.

"Juntos somos mais fortes, mas gostaríamos de estar conversando com bloco que se formou na Ásia, Canada, Japão, Coreia do Sul e achamos importante que haja essa liberdade de negociação para que os dois, três ou quatro membros tenham a possibilidade de achar o que for mais conveniente", disse.

O segundo ponto defendido pelo ministro é uma redução da TEC praticada pelo Mercosul. Segundo ele, o governo compreende a situação de dificuldade de membros do bloco, mas ressaltou que é preciso mostrar que a direção é a da abertura econômica.

Guedes afirmou que a proposta do Brasil é de um corte linear de 10% na tarifa, proporção considerada baixa por ele.

Em março, em reunião virtual com membros do Mercosul, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já havia defendido o corte na TEC.

"Defendemos a modernização do bloco, com a atualização da tarifa externa comum como parte central do processo de recuperação de nosso dinamismo", afirmou Bolsonaro na ocasião.

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