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Economia

Guedes fala em ampliar corte do IR de empresas de 2,5 para 5 pontos percentuais em 2022

O governo propôs a redução da alíquota do IR de empresas dos atuais 15% para 10%

Ministro da Economia, Paulo GuedesMinistro da Economia, Paulo Guedes - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou nesta terça-feira (29) que o corte de 2,5 pontos percentuais no IR (Imposto de Renda) de empresas em 2022, apresentado pelo governo na última semana, foi pouco. Segundo ele, essa redução está passando por recalibragem e deve ser ampliada para um corte de 5 pontos percentuais já no ano que vem.

Na proposta de reforma do Imposto de Renda enviada ao Congresso na sexta-feira (25), o governo propôs a redução da alíquota do IR de empresas dos atuais 15% para 10%, com um escalonamento de 2,5 pontos percentuais no primeiro ano e mais 2,5 pontos no segundo ano. A tributação adicional de 10% sobre lucros acima de R$ 20 mil continua valendo.


"Nós anunciamos uma redução de 2,5% no Imposto de Renda da Pessoa Jurídica [em 2022]. Aparentemente, foi pouco. Pela força da economia, temos que passar isso de 2,5% para 5% imediatamente. Estamos já recalibrando nossos cálculos para ver se isso já é possível agora", disse o ministro durante coletiva de imprensa sobre a arrecadação federal.

 


Guedes disse que a pasta está estudando propor o corte direto de cinco pontos em vez de fazer as reduções de 2,5 pontos em 2022 e mais 2,5 pontos em 2023. Ele não deixou claro se, nesse novo modelo, haveria um corte adicional da alíquota em 2023.

"Não temos compromisso com erros eventuais de calibragem. O importante é o que estamos sinalizando: menos impostos para as empresas, mais impostos para rendimento de capital, menos impostos para os assalariados, principalmente salários baixos", afirmou.

Na entrevista, o ministro voltou a afirmar que o governo deve transferir a alta de arrecadação de impostos observada agora para uma redução de tributos. Ele disse que a pata avalia qual a parcela de crescimento estrutural das receitas.

Na última semana, após o ministro apresentar essa ideia, economistas fizeram críticas à proposta. A avaliação é que o governo corre o rico de desordenar as contas públicas no futuro ao usar o aumento transitório de arrecadação para reduzir impostos e, dessa forma, gerar custos permanentes. Além disso, a medida tende a reduzir a arrecadação do governo, que ainda está distante de ajustar as contas e voltar a registrar resultados fiscais positivos.

 

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