Guedes: "Se você pegar o G7 e a China, Brasil está crescendo mais que todos eles"
Ministro comemora expansão do PIB brasileiro e frisa que EUA e Europa têm risco de recessão
A economia do Brasil é a que mais deve crescer neste ano, se comparada com países membros e do G7, o grupo das sete economias mais avançadas do mundo. Essa foi a avaliação do ministro da Economia, Paulo Guedes, durante a 10ª edição da “Feira do Empreendedor”, organizada pelo Sebrae, no Rio de Janeiro.
O ministro destacou que a economia brasileira já cresceu no primeiro semestre mais do que as previsões para o ano inteiro.
A fala ocorreu após a divulgação da expansão de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre nesta manhã, acima das expectativas. O resultado foi classificado como uma “notícia boa” por Guedes.
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Em sua fala, o ministro reiterou o discurso de que as previsões de crescimento do Brasil seriam revisadas para cima e as de inflação, para baixo, ao longo do ano, e que no exterior as dificuldades seriam maiores do que se imaginava,
- Se você pegar o G7 e pegar a China, o Brasil está crescendo mais do que todos eles. EUA e Europa inclusive indo para a recessão e China com possibilidade de recessão. E todos eles com inflação subindo e a nossa caindo. A inflação brasileira deve ser mais baixa que EUA e Europa. Já são nove meses seguidos de revisão para baixo. Enquanto isso, nos EUA, já estão revendo a inflação para cima.
Guedes destacou a retomada econômica após as flexibilizações de medidas restritivas contra a Covid-19.
- Uma boa razão para essa surpresa que está acontecendo é a volta da força do comércio. O país vacinou a população mais que boa parte dos países do mundo. A população brasileira está segura, está firme, atravessou a maior crise da história. O Brasil estava começando a se levantar de um desastre terrível financeiro que veio antes e quando ele começa a se levantar veio o desastre terrível da pandemia. E nós atravessamos as duas ondas.
O PIB cresceu com a recuperação do mercado de trabalho e medidas de estímulo à economia impulsionando o consumo. O setor de serviços, motor na economia, cresceu com força com a retomada de eventos presenciais e também ajudou no bom resultado.
Medidas como o saque extraordinário de R$ 1.000 do FGTS, entre maio e junho, assim como o adiantamento do 13º salário de servidores, foram decisivas para o desempenho da economia brasileira.
- À medida que os choques foram atingindo o Brasil, nós fomos reagindo e criando soluções - disse Guedes sobre o conjunto de medidas adotadas pelo Ministério da Economia desde o início da pandemia, incluindo o Auxílio Brasil.
O Auxílio Brasil foi elevado para R$ 600 a partir de agosto. Também foram criados os auxílios para taxistas e caminhoneiros, que devem contribui para manter o consumo em expansão no terceiro trimestre.
No entanto, se por um lado, as medidas estimulam o crescimento no curto prazo, podem gerar inflação para o próximo ano.