FAZENDA

Haddad anuncia secretários do Tesouro, Receita, Política Econômica e Reformas

Ao todo, próximo ministro da Fazenda já indicou oito nomes

Fernando HaddadFernando Haddad - Foto:

O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou, nesta quinta-feira (22), quatro novos secretários que farão parte da sua gestão. O petista foi um dos primeiros nomes anunciados para a Esplanada dos Ministérios na próxima gestão, ainda na semana passada.

Rogério Ceron será o secretário do Tesouro Nacional. Guilherme Mello vai para a secretaria de Política Econômica. Robinson Barreirinhas será secretário da Receita Federal. E Marcos Barbosa Pinto comandará a área de Reformas Econômicas, que hoje se chama Secretaria de Acompanhamento Econômico.
 

Todos os indicados são próximos ao futuro ministro. Rogério Ceron de Oliveira é graduado e mestre em Economia pela Unicamp (Universidade de Campinas) e também é servidor público de carreira. Enquanto Haddad esteve à frente da Prefeitura, Cero exerceu o cargo de Subsecretário do Tesouro.

Ceron participou das discussões para a revisão da dívida municipal de São Paulo com a União durante a gestão Haddad, quando foi obtida uma redução de R$ 30 bilhões em dívida do município com o governo. Ele atou ainda Secretário Adjunto da Secretaria de Desestatização e Parcerias (SMDP) do estado de São Paulo.

— A prefeitura, dos entes subnacionais, é o quatro maior orçamento da República. Ele foi um dos responsáveis pelo grau de investimento da prefeitura de São Paulo, em 2015. São Paulo hoje é credor líquido. O Rogério Ceron transformou uma cidade quebrada numa cidade credora. Eu não podia deixar de considerá-lo para a Secretaria do Tesouro — disse Haddad.

Barreirinhas é advogado formado pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP, e é especialista em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Estudos Tributários (IBET-SP). Também foi assessor do Superior Tribunal de Justiça (STJ). É procurador do Município de São Paulo.

Guilherme Mello é professor da Unicamp, integra a Fundação Perseu Abramo, braço acadêmico do PT, e foi um dos principais porta-vozes da campanha para a área econômica. Próximo a Haddad, Mello foi seu assessor econômico durante a campanha à Presidência em 2018.

— Agora, na transição, ele me deu os subsídios necessários e tecnicamente robustos para a negociação da "PEC da Transição". Nós tivemos êxitos porque nos argumentos eram bons.

Barbosa Pinto, por sua vez, trabalhou com Haddad no Ministério da Educação, onde ajudou a formular o Prouni. Foi diretor de Mercados de Capitais do BNDES, quando foi o pivô da demissão de Joaquim Levy da presidência do banco, em 2019, sob o governo Jair Bolsonaro. O presidente se irritou com a escolha de Barbosa Pinto, por ele ter trabalhado em governos petista, e exigiu que ele demitisse o então auxiliar. Barbosa Pinto entregou carta de demissão a Levy, mas pouco depois o então presidente do BNDES também se demitiu do cargo.

O ministro disse que conhece Pinto há mais de 20 anos e os dois construíram juntos a lei das Parcerias Publico Privadas (PPPs).

— É um grande quadro que vamos ganhar — disse o ministro.

Haddad já havia anunciado quatro nomes para a sua equipe: Gabriel Galípolo para a secretaria-executiva, Bernard Appy para cuidar da reforma tributária, Anelise de Almeida para a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, e Gustavo Caldas como subprocurador da PGFN.

Veja também

Dólar cai para R$ 5,42 e fecha no menor valor em um mês
Dólar

Dólar cai para R$ 5,42 e fecha no menor valor em um mês

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee
Falha no sistema

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Newsletter