Haddad avalia que Brasil tem potencial de liderar transição energética
Ministro disse que o país se favorece de conexão com o agronegócio e da aposta da indústria automobilística, que optou por modelos híbridos com uso de biocombustíveis
A transição energética entrou na pauta do evento Finanças Sustentáveis promovido pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) no Wilson Center, em Washington, na tarde desta terça-feira. No evento que acontece em paralelo à agenda da reunião de primavera do FMI e Banco Mundial, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou sobre a experiência brasileira com combustíveis renováveis, como o etanol e outras modalidades de biocombustíveis.
Leia também
• Haddad afirma que FMI terá que 'rever para melhor' projeção de crescimento do Brasil
• 'No governo anterior, o dólar bateu R$ 6', diz Fernando Haddad, em Washington
Na avaliação do ministro, o Brasil se favorece de sua importante conexão com o agronegócio e também da aposta da indústria automobilística brasileira que optou por modelos híbridos com uso de biocombustíveis.
— A indústria automobilística viu uma conexão importante. A indústria automobilística vive um dilema, né? É a questão do carro elétrico puro. E a indústria que está no Brasil toma uma decisão importante, que foi o investimento nos carros híbridos — disse o ministro.
Para o ministro Haddad, a transição energética é uma oportunidade para países como o Brasil. Ele defende que o Brasil explore “essas possibilidades e, obviamente, pensar no financiamento dessas ideias quando for o caso”, disse Haddad.
Haddad lembrou ainda que mecanismos importantes têm sido desenvolvidos, citando a parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que garante proteção cambial e visa a mitigar os riscos de investimentos com impacto climático.
O Fernando Haddad cumpre agenda em Washington, onde participa das reuniões de primavera do FMI e Banco Mundial que acontece nesta semana. Na quarta-feira, o ministro Haddad participará de discussões sobre a taxa de grandes fortunas.