Haddad cita carteira de US$ 5 bi do Banco Mundial e fala em "deslanchar" parcerias público-privadas
Cotado para ser ministro da Fazenda fala sobre reunião com integrantes da organização
Nome mais cotado por aliados do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para ocupar o comando do Ministério da Fazenda a partir de janeiro, Fernando Haddad se reuniu na tarde desta quarta-feira (7) com o vice-presidente da América Latina do Banco Mundial, Carlos Felipe Jaramillo. Após o encontro, o petista falou sobre a carteira de US$ 5 bilhões em investimentos da instituição no Brasil e enfatizou a necessidade de 'deslanchar' as parcerias público-privadas (PPP).
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— Eles estão com uma carteira de projetos no Brasil que somam perto de US$ 5 bilhões, uma coisa grande. Em geral, na área de PPP de construções. Parte (destinado ao) setor privado. E a gente ficou impressionado porque PPP vai acontecer muito no próximo governo. A gente pretende deslanchar sobretudo na área de infraestrutura. E o Banco Mundial se colocou a disposição para continuar investindo — disse o petista.
O ex-prefeito conversou com Jaramillo em um hotel onde Lula está hospedado em Brasília. Desde a semana passada, Haddad integra oficialmente o grupo temático de Economia na transição. Após o encontro, o vice-presidente do Banco Mundial disse que vários assuntos foram abordados , entre eles o financiamento de políticas de combate à fome e à pobreza.
— Estive aqui para me encontrar com os integrantes da transição do presidente Lula. Estive com Fernando Haddad e discutimos a situação da economia global, o papel do Brasil na economia global, e também sobre várias áreas nas quais o Banco Mundial oferece apoio ao Brasil. O Banco Mundial tem sido um parceiro de longo prazo do Brasil e nós vamos continuar a apoiar o novo governo em muitas áreas, inclusive no combate à fome e à pobreza, na questão climática e da Amazônia, bem como no desenvolvimento sustentável — disse Jaramillo.
O vice-presidente do banco também afirmou que tratou sobre a situação fiscal do país, mas não detalhou como o assunto foi abordado. Ele ressaltou que o banco costuma oferecer conselhos sobre o tema aos governantes de diversos países.
Na terça-feira, Haddad comentou sobre os planos do novo governo para aprovar a reforma tributária e o novo arcabouço fiscal. A ideia é que as duas iniciativas sejam aprovadas no próximo ano.
O cotado para a Fazenda disse que para ter um novo arcabouço fiscal o país precisa de uma reforma tributária.