Haddad cita "tarefa histórica" do BNDES e defende papel do banco em plano industrial
Ministro afirmou o plano de estímulo industrial já está 'orçado' e é prestação de contas de medidas já aprovadas
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta segunda-feira, em entrevista ao programa Roda Viva, o papel do BNDES no pacote de estímulo para indústria e defendeu a "tarefa histórica" do banco de desenvolvimento ao "emprestar R$ 75 bilhões, R$ 100 bilhões por ano".
Lançado nesta segunda-feira pelo presidente Lula, o pacote pretende injetar R$ 300 bilhões na indústria brasileira até 2026, valor que virá por meio de financiamentos e subsídios, incluindo créditos não reembolsáveis, via BNDES.
— O BNDES estava sendo escanteado, inclusive com acusações muito injustas e que foram relevadas como injustas. O que foi feito hoje foi a apresentação de um trabalho que está contratado, que está orçado. O BNDES emprestar R$ 75 bilhões, R$ 100 bilhões por ano faz parte da sua tarefa histórica. Se você pegar o quanto o banco emprestava no governo Fernando Henrique, era mais do que emprestava hoje.
Leia também
• Haddad não confirma acordo para revogar MP da reoneração da folha
• Haddad diz que busca alternativas para "acomodar" MP da reoneração da folha de pagamentos
As medidas apresentadas pelo governo foram bem recebidas por empresas e representantes da indústria, mas levantaram críticas de analistas sobre o risco de reedição da política de "campeões nacionais", que vigorou em governos petistas no passado, com a concessão de crédito para determinadas empresas.
Ao lançar o programa, o presidente Lula afirmou que o objetivo do plano era fazer com que a economia brasileira desse um "salto de qualidade", que ministros seriam cobrados sobre resultados do programa e que "dinheiro não é mais problema" para o desenvolvimento da economia.