Comércio eletrônico

Haddad defende acabar com concorrência "desleal" no e-commerce; medida pode atingir chinesas

Discussão no governo ocorre em meio à disputa entre comerciantes brasileiros e asiáticos

Vendas de produtos pela internetVendas de produtos pela internet - Foto: Freepik.com

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (6) que o governo está estruturando medidas para acabar com a concorrência "desleal" entre empresas que “pagam impostos” e companhias que burlam regras para evitar a tributação, ao exportar produtos para o Brasil. Haddad não fez citação direta a nenhuma empresa e disse que o foco é combater o "contrabando" no comércio eletrônico.

— Se o lojista aqui brasileiro, está vendendo roupas, está pagando impostos, pagando o funcionário e a previdência, ele vai concorrer com contrabandista? Não. Agora, se o site [e-commerce] chinês, americano, francês, de onde for, estiver dentro da lei, ele já está (...) não tem porque se preocupar. Não estamos criando nada novo, não estamos majorando alíquota.

A discussão dentro do governo ocorre no cenário de críticas de varejistas brasileiras aos e-commerces asiáticos, como Shein, Shopee e Aliexpress.

O ministro já havia mencionado que a perda de arrecadação, com as empresas que não pagam impostos no comércio eletrônico, é de “alguma coisa entre R$ 7 a 8 bilhões” por ano.

Na sequência ao anúncio do novo arcabouço fiscal, o governo anunciou um conjunto de três medidas para ampliar a arrecadação entre R$ 100 bilhões e R$ 150 bilhões até o fim do ano. Uma delas foi elaborada para fechar o cerco às grandes plataformas digitais que vendem produtos importados no país, como Shein, Shopee e AliExpress.

O varejo brasileiro acusa essas gigantes do comércio eletrônico asiáticas de concorrência desleal, por atuarem no Brasil sem pagarem impostos cobrados dos grupos nacionais.

Veja também

iFood lança portal de dados e diz que entregadores trabalham 31,1 horas mensais pelo app
trabalhadores

iFood lança portal de dados e diz que entregadores trabalham 31,1 horas mensais pelo app

Desenvolvimento da IA não pode depender de "caprichos"do mercado, alertam especialistas da ONU
Inteligência Artificial

Desenvolvimento da IA não pode depender de "caprichos"do mercado, alertam especialistas da ONU

Newsletter