Juros

Haddad defende início do clico de corte nos juros: 'Estou ponderando o que é melhor para o Brasil'

Para o ministro, a taxa monetária subiu os juros "por absoluto descontrole das contas públicas" no governo passado

Fernando Haddad fala no plenário do Senado durante sessão destinada a debater o tema 'Juros, Inflação e Crescimento'. Ao lado, Roberto Campos Neto e Rodrigo Pacheco Fernando Haddad fala no plenário do Senado durante sessão destinada a debater o tema 'Juros, Inflação e Crescimento'. Ao lado, Roberto Campos Neto e Rodrigo Pacheco  - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira que há espaço para o Banco Central iniciar a trajetória de corte na taxa básica de juros, que está em 13,75% desde agosto de 2022.

— Se você consultar vários especialistas e técnicos, imagina que há espaço para iniciar o ciclo de cortes na taxa de juros. Não estamos questionando a autoridade monetária, do ponto de vista do seu poder. Estou ponderando o que é melhor para o Brasil. Com as medidas tomadas até aqui, sim, haveria espaço para um gesto de mais confiança na economia brasileira, sem que houvesse qualquer percalço na inflação.

Haddad está participando de audiência pública na Câmara, para “esclarecer a política econômica do governo federal”. O convite partiu das Comissões de Desenvolvimento Econômico; Finanças e Tributação; Fiscalização Financeira e Controle.

O ministro disse que parte dos chamados gastos tributários do país estão provocando desequilíbrio nas contas públicas. Ele ressaltou que a estimativa de gastos com juros é da ordem R$ 740 bilhões e criticou isenção tributária ‘injustificada’.

No início do mês houve a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) após a divulgação da proposta do governo para controle das contas públicas. O Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75% pela sexta vez consecutiva. No comunicado da decisão, os integrantes do Copom ainda não deram sinais sobre eventual redução dos juros na próxima reunião, em junho.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto - ao lado dos oito diretores da autarquia - entende que a batalha contra a inflação ainda não está vencida.

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