Haddad discutirá clima e taxação de super-ricos com secretária do Tesouro dos EUA em reunião do G20
Ministro participará na semana que vem, no Rio, de mais uma reunião do G20.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá uma reunião bilateral com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, à margem do encontro de ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20, no Rio de Janeiro. Entre os temas a serem tratados estão a situação da economia global, a taxação dos super-ricos e ações para mitigar os efeitos do aquecimento do clima.
O encontro acontecerá na próxima quarta-feira, primeiro dia da reunião da chamada trilha financeira do G20. Formado pelas maiores economias do mundo, o bloco será presidido pelo Brasil até o próximo mês de novembro, quando haverá uma cúpula de líderes, no Rio. de Janeiro.
Um dos objetivos de Haddad é convencer Yellen a apoiar a proposta brasileira de criar um imposto global sobre a riqueza dos bilionários. Em maio deste ano, a secretária do Tesouro americano se posicionou contra a ideia.
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França, Espanha e África do Sul já declararam apoio à proposta. Segundo um interlocutor próximo a Haddad, existe a expectativa de o Reino Unido, que agora tem como primeiro-ministro Keir Starmer, do Partido Trabalhista, unir-se a essa iniciativa.
A reunião do G20 tem como foco o lançamento de uma aliança global contra a fome, outra proposta sugerida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao contrário da taxação dos super ricos, a ideia conta com o apoio dos EUA.
No dia 25, quinta-feira, Haddad terá reuniões bilaterais com as ministras da Indonésia, Sri Mulyanni, e do Reino Unido, Rachel Reeves. Também conversará com o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann. Além disso, o ministro da Fazenda presidirá um debate sobre a economia internacional, ao lado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Na sexta-feira, último dia do evento, o financiamento para projetos voltados à mitigação dos efeitos do aquecimento global no planeta será um dos principais temas. Outro assunto que ganhará força será a reforma dos organismos multilaterais de crédito, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial.