Haddad diz ao 'Le Monde' que não há motivo para se preocupar com a Petrobras
Haddad também considera na entrevista que o projeto do governo Lula de explorar petróleo na Amazônia "não é bem compreendido"
Em entrevista ao jornal francês Le Monde, publicada nesta quarta-feira, 29, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirma que acompanhou a demissão de Jean Paul Prates do comando da Petrobras "de longe", mas acredita que a mudança ocorreu sobretudo por "razões de relações pessoais" entre Prates e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Além disso, acrescenta que "não há motivo para se preocupar com a Petrobras " "Não há mudanças radicais planejadas e a companhia deve executar seu plano de investimentos", afirma.
Haddad também considera na entrevista que o projeto do governo Lula de explorar petróleo na Amazônia "não é bem compreendido".
Ele diz que não vê contradição entre objetivos ecológicos da administração Lula e essa empreitada.
"Em primeiro lugar porque não acredito que a exploração de petróleo nesta região terá consequências ambientais", afirma, acrescentando que o real impacto ecológico "não está na exploração, mas na utilização" do combustível.
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Segundo Haddad, há investimentos no Brasil para produzir veículos menos poluentes, híbridos ou adaptados aos biocombustíveis locais.
Ele diz que o Brasil fornece ao mundo um petróleo de "boa qualidade", mas também iniciou um "grande plano de transição ecológica", com um mix de fornecimento de eletricidade dos mais limpos do mundo.