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Banco Central

Haddad diz que Banco Central autônomo precisa ter 'abstenção à política partidária'

Ministro da Fazenda disse que sugeriu nomes técnicos ao presidente Lula

Fernando Haddad, ministro da Fazenda,defendeu que a autonomia do BC deve pressupor uma postura de abstençãoFernando Haddad, ministro da Fazenda,defendeu que a autonomia do BC deve pressupor uma postura de abstenção - Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, questionou a isenção política do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao ser perguntado, em entrevista à CNN, sobre as tensões entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o dirigente da autoridade monetária. Ele não entrou em detalhes, mas defendeu que a autonomia do BC deve pressupor uma postura de abstenção.

— Depois que a autonomia do BC foi institucionalizada no Brasil, o corpo técnico todo, da presidência para baixo, tinha que ter adotado uma postura de abstenção em relação à política partidária. Não faz campanha, nem se pronuncia. A pessoa tem autonomia e mudou de patamar. Deixa se ser funcionário do governo e passa a ser do Estado brasileiro — afirmou.

Haddad disse ter sugerido um conjunto de nomes técnicos para as novas diretorias do BC, como o de política monetária. O ministro deixou claro que a decisão será tomada pelo presidente da República.

Entenda: Por que a crise da Americanas entrou no radar do Banco Central e pode favorecer queda dos juros

Os diretores de Política Monetária, Bruno Serra, e Fiscalização, Paulo Souza, já terminaram seus mandatos, mas continuarão no Banco Central até Lula decidir. O governo ainda não bateu o martelo sobre novas indicações ou eventual recondução aos cargos.

— Levei um perfil mais acadêmico, mais técnico, pessoas que podem levar ao BC uma contribuição. Quero pessoas construtivas, para subsidiar as decisões técnicas do Banco Central — disse o ministro.

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