Haddad diz que governo Bolsonaro pediu para excluir 2,5 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil
Fturo ministro da Fazenda afirmou que expansão do programa social tinha objetivo eleitoreiro
Fernando Haddad, nomeado para ser futuro ministro da Fazenda do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou na tarde dessa terça-feira, em entrevista à Globonews, que o governo de Jair Bolsonaro enviou à equipe de transição um ofício pedindo a retirada de 2,5 milhões de pessoas do Auxílio Brasil. Segundo o futuro ministro, por terem sido incluídos de forma irregular no programa de transferência de renda.
O futuro ministro, contudo, não detalhou que órgão do governo teria pedido a exclusão de beneficiários e nem detalhou a motivação ou quando ele será efetivado. Segundo Haddad, a ampliação do Auxílio Brasil foi feita sem planejamento pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Leia também
• Lula convida presidente da Fiesp para ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
• Haddad confirma Bernard Appy para equipe da Fazenda
• Gabriel Galípolo será secretário-executivo de Haddad no Ministério da Fazenda
— O programa do auxílio brasil não foi feito para combater a fome. Foi feito para maximizar o número de votos. Então, tem uma pessoa recebendo o mesmo auxílio que uma família de cinco pessoas. São milhões. Agora nós recebemos um ofício do próprio governo mandando retirar do cadastro 2,5 milhões de brasileiros. Por que foram incluídos se não se adequaram aos parâmetros da Lei? É quase um crime confessado — afirmou Haddad.
Na entrevista, Haddad ainda afirmou que criará uma espécie de conselho do Ministério da Fazenda, com especialistas de renome. Ele indicou que nomes como Pérsio Arida e Lara Resende poderão participar desta nova estrutura e que gostaria de manter interlocução com ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central (BC).