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PIB

Haddad diz que PIB "veio forte" e prevê crescimento de 2,5% no ano

Ministro diz que há espaço para mais cortes da Selic

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, diz que mantém a estimativa de crescimento para o ano de 2,5%, mas salientou que existe incerteza sobre os impactos das enchentes no Rio Grande do SulMinistro da Fazenda, Fernando Haddad, diz que mantém a estimativa de crescimento para o ano de 2,5%, mas salientou que existe incerteza sobre os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano, como mostrou o IBGE, veio "forte" e em linha com as projeções da equipe econômica. Ele destacou que previsão da Secretaria de Política Econômica (SPE) era exatamente de 0,8%.

Haddad disse que mantém a estimativa de crescimento para o ano de 2,5%, mas salientou que existe incerteza sobre os impactos nas enchentes no Rio Grande do Sul sobre o crescimento da economia e as contas nacionais.

— É um PIB que veio forte. Aliás, veio exatamente igual à previsão que nós tínhamos de 0,8%. Nós continuamos mantendo a projeção de crescimento para o ano na casa de 2,5%, ainda uma pequena incerteza que é o impacto do ocorrido no RS sobre o crescimento econômico e sobre as contas nacionais — afirmou o ministro, em Roma.

Ele disse que a equipe econômica ainda está avaliando esses impactos a fim de isolar o problema e saber quais as serão as consequências o crescimento da economia nacional. A economia gaúcha representa 7% da economia nacional, é relevante para o Brasil, disse o ministro.

Haddad mencionou que o resultado do PIB mostrou recuperação dos investimentos e do poder de compra das famílias.

Corte de juros
Ao ser indagado se vê margem para novos cortes de juros na taxa básica da economia (Selic) pelo Banco Central (BC), Haddad respondeu que há espaço para mais dois, três cortes. Na última reunião do Comitê de Politica Monetária (Copom), em maio, a taxa caiu 0,25% ponto percentual para 10,5% ao ano.

O ministro destacou que há uma discussão no BC sobre a taxa a ser registrada no fim do ano.

— Está havendo uma discussão técnica no âmbito do BC, dos seus diretores, sobre a taxa terminal. Essa indicação vai ser feita à luz de vários indicadores — destacou o ministro.

Ele citou que a inflação está se mantendo em queda em torno de 4% de forma consistente. Haddad mencionou, contudo, que a há preocupação com expectativas futuras, mas que na visão dele, são "discretas e bastante superáveis".

— Ha uma preocupação com o comportamento do Banco Central europeu e Banco Central americano (Fed) sobre o início do corte de juros na Europa e nos Estados Unidos. Aqui a situação parece um pouco melhor para que o ciclo de cortes se inicie, já há uma previsão para dois ou três cortes —observou Haddad.

O ministro disse ainda que tem confiança nos técnicos do BC:

— Acredito que temos ali pessoas qualificadas que vão saber tomar a melhor decisão, levando em consideração todos esses fatores e com desejo, que é o desejo do governo e do país, de que inflação se mantenha em patamares baixos e que nós continuemos a perseguir a meta de inflação. Essa é minha crença de que os diretores vão se portar e vão se deixar guiar por essa missão institucional.

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