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Selic

Haddad diz que só irá comentar decisão do BC sobre juros após ata do Copom

Ministro ressaltou que Galípolo cumpriu indicativo feito no ano passado

Ministro da Fazenda, Fernando HaddadMinistro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de elevar a taxa básica de juros da economia de 13,25% para 14,25% já estava prevista desde o fim do ano passado.

Haddad usou um jargão do mercado, o chamado guidance, para tratar do assunto.

O guidance é a previsão feita sobre o indicador. Em dezembro, o BC indicou duas altas de 1 ponto percentual na Selic, que se confirmaram em janeiro e neste mês.

— Esse aumento, na verdade, teve um guidance no final do ano passado. Isso que aconteceu. Teve um guidance, o presidente do Banco Central (Gabriel Galípolo) disse em entrevista coletiva que o guidance seria observado.

Galipolo assumiu o BC em janeiro. E esse guidance vem da gestão Roberto Campos Neto.

O ministro ainda afirmou que irá comentar detalhamente esse assunto após ler a ata do colegiado. Esse documento será publicado na terça-feira da próxima semana.

Com o movimento do BC, a Selic alcançou o patamar mais alto desde outubro de 2016 e se iguala ao nível da crise do impeachment de Dilma Rousseff.

Esse patamar já deve ser superado na próxima reunião, em maio, uma vez que o Copom indicou que deve aumentar a Selic, embora em menor ritmo.

"Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião."

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