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Haddad elogia ata "amigável" do Copom e diz que não há definição sobre alterar meta de inflação

Ministro da Fazenda afirma que governo está fazendo lição de casa na política fiscal

Fernando Haddad, ministro da FazendaFernando Haddad, ministro da Fazenda - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a ata do Copom, divulgada pelo Banco Central nesta terça-feira (07), foi mais “amigável” em relação às políticas adotadas pelo governo petista. Ele também disse que iniciou a discussão sobre alterações nas metas de inflação, fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, com quem se reuniu nesta terça-feira.

Hoje teve a ata do Copom, que melhor que o comunicado. Uma ata mais extensa e analítica, colocando pontos importantes sobre o Ministério da Fazenda. É uma ata mais amigável em relação aos próximos passos a serem tomados, declarou nesta manhã.

O ministro não detalhou em que pé estão as discussões sobre uma eventual alteração na meta de inflação, mas disse que conversou sobre o assunto com Tebet nesta reunião. Ele ainda disse que não há definição das pautas da próxima reunião do CMN, que será realizada no dia 16 de abril:

Isso vai ser discutido pelo governo para a gente adotar os próximos passos.

Segundo Haddad, o governo está fazendo a lição de casa na política fiscal, buscando soluções para manter um bom nível de arrecadação sem onerar o contribuinte, e que para obter crescimento da economia e inflação baixa e sob controle, será necessário coordenar as políticas fiscal (que afeta as contas públicas) com a monetária (que define os juros).

A coordenação (das políticas fiscal e monetária) tem duas mãos. O que eu sempre defendo é a harmonização da política monetária e da política fiscal. A ideia é que são braços do mesmo organismo e tem de trabalhar jutos, em proveito do crescimento com baixa inflação, disse.

A avaliação do ministro é de que com o pacote fiscal já proposto em janeiro, que prevê uma série de medidas econômica para melhorar as contas públicas, e o novo arcabouço fiscal, o governo dá provas de que está buscando a robustez fiscal:

Estamos fazendo a lição de casa, melhorando a questão da receita, nos dois lados: O bom contribuinte, que vai ser mais bem tratado e das pendências que vão ter uma equação, e também a despesa. Para isso vamos ter um novo arcabouço fiscal, que vai sair em abri, porque temos a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que exige compatibilidade.

O time econômico está trabalhando em uma ampla reforma de instrumentos de crédito, que deve ser apresentado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda em fevereiro. Em relação à isenção dos impostos federais que incidem sobre gasolina e etanol, prorrogadas pelo governo até o final de fevereiro, Haddad disse que não voltou a tratar do assunto com o presidente. Mas reiterou que terá uma reunião com os governadores nesta terça para tratar da “lambança” feita com a aprovação de leis complementares que reduziram as alíquotas do ICMS sobre energia, combustíveis, telecomunicações e transportes e afetaram as contas dos estados.

Em relação à Medida Provisória que muda o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), recriando a regra que prevê a vitória do Fisco em caso de empate nos julgamentos do chamado tribunal da Receita, Haddad se restringiu a falar sobre o que considerou uma vitória na Justiça. Ele avaliou que o Supremo Tribunal Federal (STF) desfez decisões equivocadas do conselho e que o governo está construindo uma reforma, junto com a Receita Federal, que vai favorecer o contribuinte:

Estamos dando mais segurança jurídica para as empresas, que vão poder negociar melhor. Vamos poder desfazer autos de infração equivocadas, ao mesmo tempo oferecer condições melhores para o contribuinte faltoso manter as conta em dia com a receita, tudo isso na direção correta de robustez fiscal.

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