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Petrobras

Haddad evitou entrar em discussão sobre troca na presidência da Petrobras

Ministro se aliou a Prates, demitido por Lula, em disputa por dividendos

Ministro da Fazenda, Fernando HaddadMinistro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Apesar de ter ficado do lado de Jean Paul Prates na disputa pelo pagamento dos dividendos extras pela Petrobras, até por uma necessidade de fechar as contas públicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, optou por se manter fora das discussões sobre a troca de comando da estatal. Nesta terça-feira, o presidente Lula demitiu Prates da presidência da empresa.

Haddad considera Paul "honesto" e com conhecimento do setor, mas não quis ir além disso e optou por não atuar como fiador do ex-presidente da Petrobras, de acordo com auxiliares do ministro.

 

 

O ministro ponderava, contudo, que Prates tinha que dar demonstração concreta sobre a continuidade do plano de investimentos da estatal, em conformidade com os desejos do governo. Para a vaga, Lula indicou Magda Chambriard, funcionária de carreira e ex-diretora da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

A crise em torno do pagamento dos dividendos extras da Petrobras acirrou a disputa entre Prates e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Enquanto Prates defendia o pagamento de parcela do lucro aos acionistas, inclusive a União, Silveira, com aval do governo, atuava para segurar os recursos a fim de garantir investimentos futuros da companhia.

No fim de abril, a assembleia de acionistas, após recomendação do conselho de administração da companhia, aprovou a distribuição de metade dos dividendos extras que haviam sido retidos em sua totalidade.

Com isso, a Petrobras distribuirá quase R$ 22 bilhões ao mercado. Deste total, cerca de R$ 6 bilhões vão para os cofres da União, acionista majoritária da empresa. Isso foi um desejo de Haddad, já que o dinheiro vai ajudar a reforçar as contas públicas.

Lula esperou a crise dos dividendos passar para demitir Prates. A decisão de retirá-lo do cargo ja havia sido tomada pelo presidente há cerca de dois meses, após seguidos desgaste na direção da empresa.

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