Haddad levanta preocupação com crise econômica da Argentina em encontro do G7
Segundo ministro, a "solução" para Argentina passa pelo FMI
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teve encontro nesta quinta-feira (11) com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen. Um dos temas abordados foi a crise econômica na Argentina e o papel do Brasil e da maior economia do mundo no apoio ao país liderado por Alberto Fernández. Segundo ministro, a "solução" para Argentina passa pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
Haddad, embarcou na última segunda-feira (8) para o Japão, onde participa de um encontro do G7, o grupo formado pelas seis maiores economias ocidentais (Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido e Itália) e o Japão.
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"Eu trouxe esse problema (na reunião com Yellen) porque é uma questão importante. Argentina é um país muito importante no mundo e particularmente na América do sul. Em segundo lugar, porque a solução para a Argentina passa pelo Fundo Monetário Internacional. Se o Brasil e os Estados Unidos estiverem juntos nesse apoio, isso pode facilitar muito as coisas para a Argentina" disse o ministro, em coletiva após o encontro.
Conforme a agenda divulgada previamente, os ministros também discutiram uma possível reforma do Banco Mundial, organização multilateral voltada para o financiamento de projetos de desenvolvimento no mundo. Também esteve em pauta a discussão sobre a conjuntura do sistema financeiro mundial, e possível impacto de crises de bancos regionais americanos como o Silicon Valley.
Sobre a crise econômica da Argentina, o ministro da Fazenda adiantou um tema que será tratado também pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai participar do encontro da Cúpula do G7 nos dias 20 e 21 de maio, no Japão.
"Eu acho que ela (Yellen) até se surpreendeu de eu trazer esse assunto aqui (situação da Argentina). Mas uma das razões pelas quais o presidente Lula está vindo ao G7, é para tratar desse assunto. Para nós, é uma questão fundamental, que esse problema seja endereçado. E o presidente Lula virá na próxima semana, com a mesma preocupação. Estou antecipando aquilo que ele próprio vai trazer."
China
Também no encontro da Secretaria do Tesouro dos EUA, o ministro Fernando Haddad falou do desejo do Brasil em aprofundar mais as relações com Estados Unidos e citou defendeu maior “integração” das Américas. A relação comercial do Brasil e da China não uma preocupação, diz Haddad:
— Uma das primeiras coisas que a secretária deixou claro é que ela não tem nenhuma objeção aos acordos comerciais que o Brasil faz e com a aproximação com a China, em relação às parcerias que estão estabelecidas — pontua o ministro brasileiro.