Haddad se compromete com responsabilidade fiscal e aposta em queda nos juros
Ministro da Fazenda enviou comunicado para reunião do FMI
Em manifestação ao Fundo Monetário Internacional (FMI), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que uma política monetária mais restritiva no Brasil está baixando a inflação e que a trajetória de “consolidação fiscal do governo” abrirá espaço para “acomodação” dos juros.
Haddad afirmou ainda que o governo brasileiro está comprometido com a sustentabilidade fiscal e da dívida do país, tendo a reforma tributária como outra prioridade imediata.
O ministro afirma que o Brasil foi a primeira grande economia a começar a apertar a política monetária no início de 2021, quando ficou claro que as pressões inflacionárias eram amplas e persistentes. Depois de atingir um pico acima de 12% no início de 2022, diz ele, a taxa de inflação caiu pela metade e é comparativamente menor do que na maioria das economias avançadas.
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Por outro lado, ressalta, espera-se um crescimento moderado no próximo ano, com a melhora do cenário macroeconômico geral.
“Com o aumento da confiança no quadro fiscal e uma trajetória de consolidação fiscal afetando consistentemente as expectativas de inflação e ancorando-as mais perto da meta no horizonte relevante, haverá espaço para acomodação da taxa básica de juros”, escreveu o ministro.
O comunicado foi divulgado nesta terça-feira como parte das reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial, que reúnem autoridades econômicas de todo o mundo em Washington. Haddad não foi ao evento, porque integra a comitiva presidencial que foi à China. No lugar dele, está o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também participa dos encontros.