BRASIL

Haddad vai ao Japão para reunião do G7 que antecipa participação de Lula no clube dos países ricos

Brasil não participava do evento desde 2009. Ministro da Fazenda terá encontros com secretária do Tesouro dos EUA e Nobel de economia

Fernando Haddad, ministro da FazendaFernando Haddad, ministro da Fazenda - Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, embarcou na noite desta segunda-feira (8) para o Japão, onde vai participar de uma reunião do G7, o grupo formado pelas seis maiores economias ocidentais (Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Reino Unido e Itália) e o Japão. A China, segunda maior economia do planeta, não faz parte do G7.

Haddad vai participar como convidado da reunião dos ministros da área de finanças do G7 mas não será o único representante de países emergentes. Também estarão no encontro os ministros de Índia e Indonésia.

A reunião antecede o encontro dos líderes dos países-membros do clube dos ricos marcado para o próximo dia 19, também no Japão, que contará com a presença do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

Um chefe de Estado brasileiro não é convidado para o G7 desde 2009, quando o próprio Lula era presidente e o mundo atravessava a crise financeira global desencadeada pela quebra do banco Lehman Brothers, nos EUA, no ano anterior.

Além do presidente do Brasil, o governo do Japão convidou líderes de outros países para a reunião: Austrália, Índia, Indonésia, Coreia do Sul, Vietnã, Comores e Ilhas Cook.
 

A participação de Haddad na reunião que antecede a dos chefes de Estado é a primeira de um ministro brasileiro nesse grupo. Devido à longa distância e ao fuso horário, Haddad só deve desembarcar em Tóquio na quarta-feira à tarde. Na quinta, ele segue da capital japonesa para Niigata, onde acontecerá a reunião.

No mesmo dia, ele terá um encontro reservado com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, que lidera a maior economia do mundo. Segundo o Ministério da Fazenda do Brasil, um dos assuntos que eles vão tratar é o de uma possível reforma do Banco Mundial, organização multilateral voltada para o financiamento de projetos de desenvolvimento no mundo.

Haddad também deverá discutir com ela a conjuntura atual do sistema financeiro mundial, abalada após as dificuldades de bancos regionais americanos como o Silicon Valley.

Na sexta-feira, Haddad vai se reunir com o economista Joseph Stiglitz, vencedor do Nobel de Economia em 2001, que esteve recentemente no Brasil para participar de um seminário do BNDES sobre contas públicas.

O ministro brasileiro também terá um encontro bilateral com a ministra da Economia da Índia, Nirmala Sitharaman, que também participará da reunião como convidada. Brasil e Índia são integrantes dos grupos Brics e G20. Haddad também deve se encontrar reservadamente com o ministro de Finanças do Japão, Yasutoshi Nishimura.

Segundo a pasta de Haddad, haverá na reunião de ministros das maiores economias do planeta um painel para discutir especificamente a situação macroeconômica de nações emergentes. Nesta reunião, ele pretende apresentar o seu plano para aprovar um novo arcabouço fiscal para substituir o teto de gastos e a reforma tributária no Brasil.

Haddad retorna ao Brasil no sábado, e sua chegada em São Paulo está prevista para a manhã de domingo.

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