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Ministro da Fazenda

Haddad vê condições para Brasil retomar crescimento este ano

Em Davos, ministro da Fazenda diz acreditar que arcabouço fiscal e reforma tributária saem ainda no primeiro semestre

Fernando Haddad, ministro da FazendaFernando Haddad, ministro da Fazenda - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em meio ao cenário global indicando recessão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), vê condições de o Brasil retomar o crescimento este ano:

- Se o Brasil tomar as providências que precisa, e é preciso uma sensibilização dos Três Poderes, o Brasil não tem como não decolar - disse Haddad.

Em um tom otimista, o ministro acredita que tanto o arcabouço fiscal como a reforma tributária devem ser aprovados no primeiro semestre. Com isso, segundo ele, o Brasil terá condições de não sofrer os fortes respingos da crise econômica global que se avizinha.

- Tem coisas que a Fazenda não controla. Tem um cenário de inflação global, juros altos nos EUA, abertura ou não da China, petróleo - ponderou Haddad.

Com Bernard Appy na sua equipe econômica, Haddad vê chances de a reforma tributária avançar rapidamente. E sinalizou para a indústria que a decisão de não reonerar o IPI é o forte comprometimento do governo com essa agenda.

- [A reforma] é essencial para buscar justiça tributária e para reindustrializar o país porque a indústria paga hoje quase um terço dos tributos no Brasil e responde por 10% da produção. Há um desequilíbrio muito grande. O caminho é esse - afirmou.

Segundo o ministro, há maturidade para o tema tanto na Câmara como no Senado. “Nós entendemos que é preciso chegar num consenso. Se depender do governo, vamos votar a reforma no primeiro semestre.”

- [A reforma] é essencial para buscar justiça tributária e para reindustrializar o país porque a indústria paga hoje quase um terço dos tributos no Brasil e responde por 10% da produção. Há um desequilíbrio muito grande. O caminho é esse- afirmou. do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Esses encontros, segundo Haddad, são importantes para o governo brasileiro, que busca financiar projetos, sobretudo de energia limpa:

- Nós temos oportunidade aqui de nos reaproximarmos de alguns organismos que estavam distantes do Brasil nos últimos tempos. O PNUD é um deles. Quando era ministro da Educação, tinha uma proximidade com PNUD, Unicef e Unesco. No BID, tive oportunidade de conversar com o Ilan, que se colocou à disposição de financiar projetos desta natureza. O Brasil está atrás de financiamento para produzir energia limpa e o BID se colocou à disposição de se financiar esses tipos de projeto - disse o ministro.

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