IBGE diz que é preciso aguardar como chuva no RS se refletirá em preço de alimentos como arroz
O instituto divulgou nesta sexta-feira (10) os dados da inflação pelo IPCA de abril
As chuvas no Rio Grande do Sul podem prejudicar a produção de alimentos importantes na cesta de consumo das famílias, como o arroz, mas ainda é preciso aguardar para verificar quais seriam os eventuais impactos nos preços, apontou André Almeida, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Nós não fazemos previsão", frisou Almeida. "O Rio Grande do Sul é o maior produtor de arroz, tem produção de soja, de milho, tem produção de produtos importantes, produção de ração animal. As chuvas podem impactar a produção desses produtos, mas, (para saber) como isso vai se refletir nos preços desses produtos a gente precisa aguardar", completou.
A inflação oficial do País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), é decorrente de apurações de preços em 16 municípios ou regiões metropolitanas. A região metropolitana de Porto Alegre responde por um peso de 8,61% na formação da taxa do IPCA.
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Questionado sobre o andamento da coleta do IPCA em território gaúcho, o IBGE respondeu que só conseguirá prestar esclarecimentos após avaliar melhor o impacto das enchentes.
"O IBGE segue avaliando o impacto das enchentes na coleta de dados no Rio Grande do Sul e vai se pronunciar quando tiver segurança técnica sobre as possíveis medidas a serem adotadas, de acordo com a pesquisa", informou o IBGE à imprensa. "Vale lembrar que permanece a situação de calamidade no Rio Grande do Sul, inclusive com a ocorrência de chuvas."
O instituto divulgou nesta sexta-feira (10) os dados da inflação pelo IPCA de abril. O período de coleta do IPCA-15 referente a maio, com data de divulgação prevista para o próximo dia 28, se estenderia de 16 de abril ao dia 15 deste mês.
Questionado sobre quais seriam as soluções para uma eventual ausência significativa de respostas para a apuração da inflação no Rio Grande do Sul, o instituto respondeu que vai responder apenas "quando tiver todas as informações tecnicamente seguras".