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IBGE: Lula disse a Tebet que Pochmann é sua escolha pessoal e indicação passa a ser questão de tempo

Assunto foi tratado entre a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira

Simone Tebet e Lula Simone Tebet e Lula  - Foto: Reprodução/Twitter

A indicação do economista Márcio Pochmann para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é apenas uma questão de tempo, segundo um interlocutor do Palácio do Planalto.

O assunto foi tratado entre a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na segunda-feira. Na reunião, Lula teria dito a ministra que o nome de Pochmann é uma escolha pessoal.

Pochmann foi uma indicação de Paulo Okamotto, presidente da Fundação Perseu Abramo e amigo de Lula. Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, Tebet teria saído contrariada da reunião com o presidente Lula porque a escolha representa uma ingerência no seu Ministério.

O IBGE é ligado ao Ministério do Planejamento. Contudo, ela prometeu a Lula que viabilizaria a troca. A indicação deverá ser confirmada em agosto, após as últimas divulgações do Censo 2022.

A indicação do economista foi antecipada pelo blog da colunista Malu Gaspar. A veiculação do nome de Pochmann para presidir o IBGE causou apreensão nos Ministérios do Planejamento e da Fazenda. Na quarta-feira, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi a uma rede social defender o nome de Pochmann.

Além da não ser especialista em demografia e estatística, pesa contra Pochmann o viés heteredoxo, conforme foi evidenciado na sua gestão do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nos governos Lula e Dilma Rousseff.
 

De acordo com o calendário apresentado por Tebet a Lula, estão pendentes as seguintes divulgações: Censo Quilombola, em 27 de julho, no Ministério da Igualdade Racial; cerimônia de celebração do Censo geral, entre 31 de julho e 02 de agosto, quando 1,4 mil servidores do IBGE farão um balanço dos trabalhos; o Censo Indígena, em Belém (PA), junto ao Ministério dos Povos Indígenas e o Censo Favelas, sem data a ser divulgada.

Depois do encontro com o presidente, Tebet minimizou a indicação. A auxiliares, disse que o fato de ser um órgão técnico, focado na captura de dados por meio de pesquisas, haverá pouco espaço para uso político, diferentemente do Ipea, voltado para a realização de estudos. Ela também tem dito que esse é um problema menor, diante de um dos desafios que é zelar pelo reequílibrio das contas públicas.

Atualmente, o IBGE é conduzido Cimar Azeredo. Ele assumiu como interino em 02 de janeiro. O trabalhado de Azeredo é bem avaliado pela equipe do Planejamento. O IBGE tem 3,9 mil funcionários espalhados pelo país todo. Eles são responsáveis pela realização de pesquisas sobre inflação (IPCA), comportamento da atividade econômica (PIB), dados do mercado de trabalho, além do Censo.

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