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Ibovespa quebra série negativa e sobe 1,22%, aos 132,1 mil pontos, com China

No fechamento, mostrava alta de 1,22%, aos 132.155,76 pontos, o maior ganho para o índice desde 4 de setembro

Ibovespa quebra série negativa e sobe 1,22%, aos 132,1 mil pontos, com ChinaIbovespa quebra série negativa e sobe 1,22%, aos 132,1 mil pontos, com China - Foto: Rafael Matsunaga

O pacote robusto de estímulos anunciado na China deu fôlego ao minério de ferro e, por consequência, às ações da Vale (ON +4,88%) e ao próprio Ibovespa, interrompendo assim série de cinco perdas para o índice da B3, a mais longa desde a virada de maio para junho. Hoje, oscilou dos 130.569,95 pontos, mínima da abertura, até os 133.072,68 pontos, na máxima do dia, com giro a R$ 23,2 bilhões.

No fechamento, mostrava alta de 1,22%, aos 132.155,76 pontos, o maior ganho para o índice desde 4 de setembro. No mês, o Ibovespa recua 2,83% e, no ano, cede 1,51%. Na semana, avança no agregado de duas sessões o correspondente a 0,83%.

Na B3, além de Vale, o dia foi bastante positivo para o setor metálico, que mostrou forte avanço em papéis como os de Gerdau (PN +4,17%), CSN (ON +9,39%) e Usiminas (PNA +7,68%). Com o minério e também o petróleo em alta nesta terça-feira, o desempenho do Ibovespa contou com a contribuição de Petrobras (ON +0,75%, PN +0,41%).

A performance dos grandes bancos foi majoritariamente negativa no fechamento, à exceção de Santander (Unit +0,55%) - em virada de última hora para Itaú (PN -0,03%) e BB (ON -0,07%) que moderou ao fim o ímpeto do Ibovespa.

Na ponta ganhadora, além de CSN, Usiminas e Vale, destaque para Brava (+8,72%) e Lojas Renner (+5,36%). No lado oposto, Azul (-5,04%), Pão de Açúcar (-1,71%) e Auren Energia (-1,23%).

"O pacote da China, o mais agressivo desde a pandemia, inclui a redução do compulsório bancário, cortes nas taxas de hipotecas, além de novas medidas para estimular a indústria imobiliária no país, como a flexibilização das regras para compras de segunda residência", o que resultou em "verdadeiro dia de festa nas bolsas", diz Eduardo Plastino, analista de renda variável da Alta Vista Research, enfatizando o apetite por ações nesta terça-feira desde a sessão asiática.

Aqui, "depois de dias bem ruins para a Bolsa, de preocupação com o fiscal, veio recuperação hoje, com fechamento forte da curva de juros e retração no dólar frente ao real", diz Rodrigo Alvarenga, sócio e assessor da One Investimentos.

O dólar à vista encerrou o dia em baixa de 1,31%, a R$ 5,4628, e os índices de ações em Nova York mostraram ganhos moderados, até 0,56% (Nasdaq), que colocaram tanto a referência ampla, S&P 500 (+0,25%), como o Dow Jones (+0,20%) em novos recordes de fechamento. O sinal que predominou na curva dos Treasuries e dos DIs foi de retração.

Na agenda doméstica, destaque pela manhã para a ata do Copom referente à decisão de política monetária da semana passada, quando a Selic foi elevada, conforme o esperado, de 10,50% para 10,75% ao ano.

"O documento não deu sinais claros sobre eventual intenção de acelerar o ritmo de ajuste da Selic. A preferência por sem guidance continua, o que o torna neutro/marginalmente dove", aponta Marco Caruso, economista do Santander.

"A ata justificou a necessidade de uma política monetária mais apertada. O cenário externo até melhorou em relação à ata passada, provavelmente por conta da queda de juros nos Estados Unidos. Mas o cenário doméstico ficou desafiador, com mais atividade e baixa ociosidade, uma boa notícia que pode pressionar a inflação mais para frente", diz Caio Megale, economista-chefe da XP, destacando a revisão do hiato do produto, sinalizada ainda no comunicado sobre a decisão da noite de quarta-feira, 18.

"A ata de hoje foi consistente com a decisão de aumento de 0,25 ponto porcentual", acrescenta Megale, não descartando a possibilidade de o ritmo de elevação, no cenário-base, acelerar-se a meio ponto porcentual em novembro e dezembro, antes de voltar a uma alta de 0,25 ponto na decisão do Copom em janeiro de 2025, o que colocaria então a Selic a 12% ao ano. "O risco é de que possa ir um pouco além disso - para garantir a convergência da inflação -, antes de eventualmente cortar lá na frente", diz Megale.
 

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