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Bolsa de valores

Ibovespa sobe quase 1% e retorna aos 121 mil pontos, com Petrobras e bancos

O giro financeiro desta terça-feira (7) ficou em R$ 21,1 bilhões

Ibovespa recupera cerca de 2,6 mil pontos nas últimas duas sessõesIbovespa recupera cerca de 2,6 mil pontos nas últimas duas sessões - Foto: Nelson Almeida/AFP

O Ibovespa deu sequência à recuperação, em alta perto de 1% no fechamento nesta terça, 7, após ter encerrado a primeira semana do ano no menor nível desde novembro de 2023, aos 118,5 mil pontos. Hoje, oscilou dos 120.022,23 aos 121.713,23 pontos, e terminou o dia com ganho de 0,95%, aos 121.162,66. Assim, recupera cerca de 2,6 mil pontos nas últimas duas sessões, passando a acumular ganho de 0,73% nesta abertura de 2025.

Ao fim de quatro pregões, compensou duas baixas com duas altas no intervalo. Na semana, o Ibovespa avança 2,22%. O giro financeiro desta terça-feira ficou em R$ 21,1 bilhões.

Embora um pouco contido em direção ao fechamento, o bom desempenho nesta segunda sessão da semana foi assegurado por Petrobras (ON +2,80%, PN +2,13%) e pelas ações de grandes bancos, como Bradesco (ON +1,15%, PN +1,40%) e Santander (Unit +1,54%), em dia negativo para a ação de maior peso no índice, Vale (ON -0,97%).

Na ponta vencedora do Ibovespa, Hapvida (+9,17%), Automob (+6,06%) e Carrefour (+5,31%). No lado oposto, CSN Mineração (-3,96%), Raia Drogasil (-2,56%) e Azul (-2,33%).

"Vindo de quatro semanas de perdas, o Ibovespa emendou agora dois ganhos diários, favorecido pela queda do dólar e por certa acomodação na curva de juros doméstica, as duas principais variáveis para ajustes da Bolsa. A entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à GloboNews não fez preço nos ativos, mas houve um ponto positivo, ao mencionar que o governo precisa se comunicar melhor, sendo mais coerente e resoluto na comunicação, algo que vinha sendo criticado pelo mercado", diz Felipe Papini, sócio da One Investimentos.

Contudo, a falta de novidades em relação a medidas adicionais de ajuste fiscal decepcionou em parte o mercado, limitando a alta do Ibovespa - acima de 1% mais cedo como também no fechamento de ontem - e resultando em certa convergência do dólar para a estabilidade em direção ao fechamento do dia.

Além do desempenho positivo do petróleo em Londres e Nova York - diferentemente do que se viu com o minério de ferro mais cedo, na China -, o avanço superior a 2% nas ações de Petrobras foi favorecido também, nesta terça-feira, por possíveis parcerias para a produção de biometano, no contexto proporcionado pela Lei dos Combustíveis do Futuro sancionada em outubro passado, diz Papini, da One.

"Após ter sido muito descontado em novembro e dezembro com a piora da percepção fiscal, o Ibovespa ensaia uma leve recuperação, acompanhando a queima de prêmios na curva de juros e a apreciação do real frente ao dólar. Em Nova York, houve um rali no fim de ano nas Bolsas, e agora há uma percepção de que Trump tende a ser mais pragmático, tanto em relação à política comercial como em relação a cortes de impostos - o que tira um pouco da força do dólar", diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research.

"Apesar de justificado, houve certo excesso de vendas em ativos brasileiros", refletindo o pessimismo com relação à trajetória da inflação, dos juros domésticos e mesmo do ritmo de atividade, acrescenta Spiess.

Ainda assim, nesta terça-feira, o dólar à vista limitou perdas em direção ao fim do dia, encerrando em baixa de 0,14%, a R$ 6,1042, em retração de 1,23% no acumulado das primeiras sessões do ano, contribuindo para o avanço do Ibovespa na sessão e neste início de 2025.

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