Economia

Ilan Goldfajn deixa o FMI para concorrer à presidência do BID

Ex-presidente do BC será indicado pelo governo brasileiro para a vaga

Convenção anual do FMIConvenção anual do FMI - Foto: STEFANI REYNOLDS/AFP

O ex-presidente do Banco Central Ilan Goldfajn se desvinculou do Fundo Monetário Internacional (FMI) para concorrer ao cargo de presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como indicado do Brasil.

Goldfajn encaminhou um e-mail interno ao FMI, nesta segunda-feira, ao qual o jornal O Globo teve acesso, em que afirma ter aceito ser indicado pelas autoridades brasileiras para concorrer à presidência do BID.

“Nesse ínterim e enquanto o processo estiver em andamento, renunciarei às minhas responsabilidades no FMI e entrarei imediatamente em licença sem remuneração até o dia das eleições do BID em 20 de novembro de 2022, para evitar conflito de interesses real ou percebido”, afirma o e-mail.

Atualmente, ele ocupa o cargo de diretor de Hemisfério Ocidental no FMI. O governo brasileiro esperava apenas a descompatibilização de Goldfajn junto ao FMI para indicá-lo ao BID.

O nome de Goldfajn surgiu há duas semanas, quando o ministro da Economia, Paulo Guedes, apresentou o nome à secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen.

Guedes foi à capital americana participar dos encontros anuais do FMI e do Banco Mundial, e aproveitou a viagem para tentar angariar apoio a um nome brasileiro na chefia do BID — ele tratou do assunto também com os ministros das finanças do Chile, da Argentina e da Colômbia.

Se aprovado, Goldfajn será o primeiro brasileiro no comando da instituição, que financia projetos na América Latina. Presidente do Banco Central entre 2016 e 2019, indicado no governo Michel Temer (MDB), ele foi também economista-chefe e sócio do Itaú. Em 2021, foi nomeado diretor do Departamento de Hemisfério Ocidental do FMI.

A vaga da presidência do BID está aberta desde que Mauricio Claver-Carone, o último eleito ao cargo, foi deposto em setembro antes de concluir seu mandato de cinco anos após ser acusado de envolvimento amoroso com uma subordinada.

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