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EUA

Impulsionado pela vitória de Trump, bitcoin bate recorde e ultrapassa US$ 75 mil

O preço dessa criptomoeda, assim como do dólar, disparou nos mercados com a publicação dos primeiros resultados da eleição presidencial dos EUA, na qual Trump venceu em vários estados com uma margem considerada suficiente para ganhar a eleição

BitcoinBitcoin - Foto: Freepik/Reprodução

O bitcoin bateu recorde, nesta quarta-feira (6), e superou pela primeira vez a marca de 75 mil dólares (cerca de 433,8 mil reais na cotação atual), impulsionado pelo retorno de Donald Trump à Casa Branca, que prometeu converter os Estados Unidos na "capital das criptomoedas".

A moeda digital superou seu antigo pico de 73.797,98 dólares (valor em 426,8 mil reais na cotação atual) e bateu 75.371 dólares (valor em 435,9 mil reais na cotação atual), o que representa um aumento de 9%.

A tendência se moderou depois, embora tenha mantido um aumento de 6,36%, para 73.564 dólares (valor em 425,4 mil reais na cotação atual).

O preço dessa criptomoeda, assim como do dólar, disparou nos mercados com a publicação dos primeiros resultados da eleição presidencial dos EUA, na qual Trump venceu em vários estados com uma margem considerada suficiente para ganhar a eleição.

O triunfo do candidato republicano foi apontado horas depois, quando ele obteve mais do que os 270 votos eleitorais necessários para derrotar a vice-presidente democrata Kamala Harris.

Trump venceu em mais da metade dos 50 estados do país, incluindo Carolina do Norte, Geórgia, Pensilvânia e Wisconsin - considerados quatro dos sete principais estados-chave - e os cobiçados Texas e Ohio.

“O bitcoin é um dos principais ativos no centro das transações na noite da eleição americana: ele é relativamente líquido e extremamente dependente do resultado da votação”, disse Fredrick Collins, da plataforma VeloData, citado pela Bloomberg.

É por isso que esse especialista considera muito provável que “o aumento do preço (do bitcoin) esteja intimamente associado” à vitória de Trump.

Durante a campanha, o ex-presidente (2017-2021) prometeu transformar os Estados Unidos na “capital mundial do bitcoin e das criptomoedas” com uma estrutura regulatória extremamente flexível.

O ether, outra criptomoeda popular, subiu até 6%, para US$ 2.599 (valor em 15 mil dólares na cotação atual).

O impulso também se estendeu às "memecoins", as criptomoedas altamente voláteis, como a "dogecoin", promovida por Elon Musk, proprietário da Tesla e da SpaceX, que tem sido um forte apoiador de Trump nesta campanha.


Desregulamentação e liquidez
“O preço do bitcoin acompanha de perto a posição de Trump nas pesquisas” porque, para os investidores, "uma vitória republicana significaria um aumento na demanda por moedas digitais", disse Russ Mould, analista da AJ Bell, antes da eleição.

Embora tenha se apresentado inicialmente como um crítico dessas moedas, que ele mesmo descreveu como uma “fraude”, Trump se tornou um de seus defensores e recentemente lançou sua própria plataforma para negociar criptomoedas.

Essa posição contrasta com a do governo Biden, que é a favor de uma regulamentação mais rígida.

A democrata Kamala Harris buscou tranquilizar os detentores de criptomoedas.

Um “retorno ao poder (de Trump) provavelmente enfatizaria a desregulamentação, incentivos fiscais e políticas econômicas favoráveis a investimentos alternativos, como o bitcoin”, disse Nigel Green, analista da deVere, antes da confirmação da vitória do republicano.

O especialista também observa que o mandato anterior do magnata republicano “foi marcado por cortes significativos nos impostos corporativos, que injetaram liquidez adicional nos mercados, favorecendo também o investimento em ativos de alto crescimento”.

“Seu governo poderia rever algumas medidas de restrição regulatória da era Biden e criar iniciativas como um 'fundo nacional estratégico de bitcoin'”, acrescentou John Plassard, analista da Mirabaud.

No início deste ano, o preço do bitcoin disparou na expectativa do “halving”, um evento técnico que ocorre a cada quatro anos, aproximadamente, e que reduz a oferta de novos bitcoins.

A criptomoeda também se beneficiou do lançamento, em janeiro, de um novo produto de investimento nos Estados Unidos vinculado ao bitcoin, permitindo que os investidores aproveitem as oscilações desta moeda sem possuí-la diretamente.

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