Indústria da carne se posiciona contra aumentos de preços na produção de proteína animal
Para a ABPA com os custos de produção elevado é inevitável o repasse ao consumidor
O setor que representa a avicultura e a suinocultura no Brasil está preocupado frente ao momento que o País enfrenta nos setores produtivos das proteínas animais: carne de frango, carne suína e ovo. O setor emprega cerca de 4 milhões de pessoas no país, entre cargos diretos e indiretos.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) destaca, em posicionamento, que, em meio ao quadro pandêmico, insumos como milho e soja, fundamentais aos custos de produção, acumulam altas nunca registradas no país.
Segundo a Associação, o milho registra alta superior a 100%, enquanto a soja, 60%. Com isso, os custos de produção ficam mais elevados.
Para se ter uma ideia, em 12 meses, segundo monitoramento pelo Índice de Custos de Produção (ICP), produzir frango está quase 40% mais car, no comparativo com abril de 2020. Já o setor de suínos amarga um custo maior, de 44,5%.
Essas altas se adicionam a outras, como o diesel (cerca de 30%), a embalagem de papelão (+60%) e as embalagens rígidas e flexíveis (+ 80%), destaca a ABPA.
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Para a Associação, é inevitável o repasse ao consumidor final, que já constata as altas nas gôndolas dos supermercados.
"Para evitar que o quadro se agrave ainda mais, as representações setoriais solicitaram ao governo medidas para que o setor de proteína animal do Brasil tenha igualdade de competição pelos insumos em relação ao mercado internacional, evitando a desindustrialização e a perda de postos de trabalhos, especialmente em cidades no interior do País", destaca a ABPA.