Inflação acelera para 0,46% em maio, puxada por alimentos
Devido à inflação, produtos básicos como leite, café, cebola e hortaliças ficaram mais caros
A inflação subiu 0,46% na passagem de abril para maio. Este é o primeiro resultado da coleta de preços que contabiliza os efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul.
As fortes chuvas que atingiram o estado começaram no dia 27 de abril e se intensificaram no início de maio. O estado tem um peso de 8% no índice do IPCA. Os dados fazem parte do Índice Nacional de Consumidor Amplo (IPCA) e foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira.
No ano, a inflação acumula alta de 2,27%%
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Em 12 meses, o IPCA acumula 3,93%, em linha com o observado nos 12 meses imediatamente anteriores
Analistas esperavam alta de 0,42%, segundo mediana das projeções compiladas pela Bloomberg
O que esperar para a inflação em 2024?
Economistas estimam que os preços ao consumidor deverão fechar o ano ao redor de 3,9%, uma alta menos intensa do que a do ano passado, quando ficou em 4,62%. Isso porque segue em curso o processo de desaceleração da inflação, já que a taxa de juros se mantém alta e inibe grandes avanços dos preços. Por outro lado, analistas têm destacado que a tragédia no Rio Grande do Sul terá impacto sobre o custo de bens e serviços este ano.
O governo subiu a previsão de inflação medida pelo IPCA de 3,50% para 3,70% para 2024, por causa das inundações no estado. Dados do Boletim Focus, que reúne projeções de economistas do mercado financeiro, apontam que a projeção da inflação subiu de 3,88% para 3,9% este ano. Para 2025, as estimativas subiram de 3,77% para 3,78%.