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Consumo

Inflação da feira: por que a cenoura e o tomate estão tão caros?

Disparada de preço este ano têm um vilão em comum: o preço do frete

CenourasCenouras - Foto: Pixabay

Primeiro foram as carnes, que dispararam de preço no ano passado. Mas, em 2022, nem os veganos escaparam da alta da inflação. Frutas, legumes e verduras deram um salto, assustando o consumidor. A cenoura superou os R$ 12 por quilo, o tomate já é vendido a unidade em algumas feiras; deu a louca nos preços.

No resultado da inflação de abril, divulgado pelo IBGE na manhã desta quarta-feira, dos 20 itens que mais subiram este ano, nada menos do que 18 são legumes, tubérculos, hortaliças e frutas. 

A cenoura é a líder inquestionável, com alta de 150%. Em seguida, vem o repolho (76%), a batata-inglesa e a abobrinha, ambas com 68%. 

Mas por que, afinal, este ano ficou tudo tão mais caro? O que explica esse aumento? 

Todos os anos, por causa das chuvas de verão, os preços dos chamados hortifrutigranjeiros ficam mais caros. O excesso de água prejudica as colheitas e, sazonalmente, encarece esses itens. 

Mas, em 2022, a pressão ganhou um “combustível” extra: o forte aumento do diesel. Como o frete tem forte peso na composição desses preços, o reajuste do diesel encareceu, e muito, os produtos na feira. 

O óleo diesel teve alta média de 19% este ano, segundo os dados do IBGE. E integra, assim, ao lado de 18 hortigranjeiros, a lista dos 20 produtos que mais encareceram em 2022.  

E se as chuvas já deram trégua e a tendência, nos próximos meses, é de um alívio nos preços de frutas e legumes, a pressão do diesel não vai diminuir.  

Por isso, dizem analistas, alguns itens podem até ficar mais baratos, mas não devem retomar ao patamar de preços visto no ano passado.

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