Preços

Inflação de junho no Grande Recife é a segunda maior do País com 1,13%

Indicador voltou a subir após dois meses de queda. O percentual mais que dobrou em comparação a maio e ficou muito acima do resultado brasileiro, que foi de 0,67%

Alimentos impactaram as famílias de baixa rendaAlimentos impactaram as famílias de baixa renda - Foto: Alfeu Tavares/Folha de Pernambuco

A inflação no Grande Recife voltou a subir. Após dois meses seguidos de queda, o indicador registrou uma alta de 1,13% em junho. O aumento foi o segundo maior índice entre as 16 regiões metropolitanas e capitais pesquisadas, atrás apenas de Salvador. O percentual mais que dobrou em comparação a maio e ficou acima do resultado do País, que foi de 0,67%, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, a Região Metropolitana do Recife, teve uma inflação de 5,85%, também acima da média nacional, de 5,49%. Recife ocupou a sétima colocação na lista dos lugares pesquisados. Já no acumulado dos últimos 12 meses, a RMR ficou na quinta posição, com avanço de 12,24%, também superior à média brasileira, de 11,89%.
 

Segundo a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita, um dos principais fatores que contribuíram para a alta, foi a inflação de custo, que considera itens como gás de cozinha, combustíveis e energia elétrica.

“Produtos que fazem parte da cesta básica aumentaram de preço, como o feijão carioca, que aumentou 9,58%, o leite longa-vida, isso em um mês e é um peso grande no orçamento das famílias. O que pesa ainda são os produtos que gera a inflação de custo, porque com isso a cadeia produtiva tem que adequar o valor no mercado. Por mais que se pense em segurar, uma hora é inevitável não repassar um aumento de custos”, disse.

Dos nove grupos de produtos e serviços divulgados pelo IPCA, oito tiveram alta em junho, enquanto a despesa pessoal não sofreu variação no período. O maior aumento veio do setor de Transportes (2,14%), influenciado principalmente pelo aumento de 13,77% no seguro voluntário de veículos e pelo reajuste de 5,78% nas passagens aéreas. O segmento também é responsável pelas maiores variações tanto no acumulado do ano (9,04%) quanto no acumulado dos últimos 12 meses (22,15%).

Em segundo lugar, está o setor de Vestuário (1,85%), seguido de Saúde e cuidados pessoais (1,37%), Alimentação e bebidas (1,08%), Artigos de residência (0,93%), Habitação (0,67%), Comunicação (0,22%) e Educação (0,06%) completam a lista das categorias em que os preços subiram.

“O aumento dos seguros automotivos foi um reflexo dos veículos terem aumentado no último ano. Isso apareceu como um reflexo na Região Metropolitana do Recife como um todo. Já a inflação dos alimentos afetou principalmente as famílias de baixa renda, que precisaram gastar mais com alimentação”, disse Fernanda Estelita.

Prova do aumento dos custos com alimentação estão entre os principais produtos com maior aumento do IPCA na região, como a alface (19,21%), o cheiro-verde (15,21%), a batata-doce (13,15%), o feijão-carioca (9,58%), e o leite longa vida (5,99%).

Para os próximos meses, a gerente de planejamento e gestão do IBGE em Pernambuco, conta que será preciso analisar quais fatores poderão pesar no preço dos combustíveis para variação da inflação de custo. “Temos visto uma redução de barril de petróleo, mas em compensação o câmbio vem ficando mais alto. Precisamos analisar o que vai ser mais preponderante no mercado como um todo dos combustíveis, para que o dólar não possa prevalecer quanto aos descontos de impostos”, declarou Estelita. 

 

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