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Economia

Inflação na indústria desacelera para 1% em maio

Taxa foi influenciada pela queda do dólar

Notas de R$ 50Notas de R$ 50 - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Os preços da indústria, medidos pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP), tiveram alta de 1% na passagem de abril para maio. O resultado representa uma desaceleração, já que é menor do que a alta registrada de março para abril, quando a taxa subiu 2,19%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Segundo o instituto, essa foi a menor variação de preços em 2021 e a 22ª taxa positiva consecutiva na comparação mensal. O acumulado no ano soma 17,58% e nos últimos 12 meses está em 35,86%. Das 24 atividades incluídas na pesquisa, 16 tiveram variações positivas no mês, sendo que a maior influência veio dos alimentos, que contribuíram com 0,35 ponto percentual do total do índice, seguido por metalurgia (0,25 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (0,18 p.p.) e produtos de metal (0,09 p.p.).
 
O gerente do IPP, Manuel Souza Neto, destaca que um dos motivos da desaceleração foi a considerável desvalorização do dólar no mês de maio em 4,9%. “Com isso, uma série de produtos cotados em dólar caíram de preço”, explicou.


Os alimentos tiveram alta de 1,48% em maio, acumulando variação de 8,96% no ano e de 30,54% em 12 meses. Souza Neto disse que o resultado dos alimentos foi influenciado pelos preços praticados no mercado externo e pela estiagem no Brasil, que afetou a produção do leite.
 
A maior variação em maio foi na metalurgia, que subiu 3,54%, acumulando 31,85% no ano e 49,89% em 12 meses, as maiores variações da série histórica, iniciada em 2014. O setor foi impactado pelo preço dos insumos, em especial o minério de ferro. O refino de petróleo e produtos de álcool subiram 1,80% e produtos de metal tiveram alta de 3,12%.
 
Nas grandes categorias econômicas, o IPP registrou em maio uma queda de 0,36% em bens de capital, alta de 0,88% em bens intermediários e alta de 1,48% nos bens de consumo, sendo crescimento de 1,13% em bens de consumo duráveis e de 1,54% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
 
O IPP pesquisa as indústrias extrativas e de transformação para medir a mudança média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, sem considerar os impostos, tarifas e fretes.

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