Inflação na Região Metropolitana do Recife desacelera em março
Dos nove grupos de produtos pesquisados na RMR, tomate, laranja pera e cebola tiveram as maiores reduções de preço
A inflação na Região Metropolitana do Recife desacelerou, no último mês de março, ficando em 0,62%. Esse é o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual representa uma queda em relação a fevereiro deste ano, quando o IPCA ficou em 0,99%. Além disso, a inflação na RMR ficou abaixo da média nacional que foi de 0,71%.
O IPCA é responsável por medir a inflação oficial do País. Dos nove grupos de produtos pesquisados na RMR, o maior aumento nos preço foi no setor de transportes que variou de 0,69%. E, dentro dele, o maior destaque foi a gasolina que subiu 9,27% - acima da média do País que foi de 8,33%.
Os outros itens que contribuíram para a alta geral dos preços medidos pelo IPCA estavam no grupo de alimentos, mais especificamente, a cenoura que teve uma alta de 39,35%, e o abacaxi com um aumento de 12,74%.
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Preços em queda
“No movimento contrário, entre os itens que tiveram recuos de preço, destacaram-se a tomate, com redução de 20,13%; a laranja pera, com queda de 11,92%; e a cebola, com recuo de 11,33% no mês de março”, explicou a gerente de Pesquisas do IBGE, Fernanda Estelita Lins.
Segundo ela, três grupos de produtos também apresentaram deflação no período: o de despesas pessoais que caiu 0,38%; o de artigos de residência que teve queda de 0,1%; e o de alimentos e bebidas, que ficou próximo à estabilidade, com redução de 0,01%.
No acumulado do primeiro trimestre de 2023, o grupo de educação segue sendo o de maior variação (8,56%), seguido pelos transportes (2,86%) e saúde e cuidados pessoais (1,85%).
No ranking geral do IPCA, o Grande Recife ficou em 12° lugar entre 16 regiões metropolitanas pesquisadas. Em março de 2022, o reajuste de preços na RMR foi de 1,53% - bem acima da inflação deste ano. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta geral de preços foi de 4,48%.
Inflação nacional
Em nível nacional, a alta de preços, ainda que também represente uma desaceleração, também foi impactada pelo setor de transportes e, em especial, pelo aumento da gasolina. Para o analista da pesquisa, André Almeida, a volta da cobrança dos impostos federais no início daquele mês foi o motivo da elevação.
“Os resultados da gasolina foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais no início do mês, estabelecido por medida provisória”, disse. Em fevereiro deste ano, o IPCA nacional foi de 0,84%. Em março de 2022, o índice tinha subido 1,62%.
O único grupo que apresentou deflação no período, na média do País, foi o de artigos de residência, que caiu -0,27%. Também foram importantes para a desaceleração do IPCA em todo o País os grupos de produtos alimentação e bebidas, que aumentou apenas 0,05%; e o de comunicação, que teve alta de 0,50%.